O empresário Marcelo Marques de Lima foi ouvido e liberado nessa segunda-feira, 5, pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada na Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma). Agora todos os presos temporariamente já em liberdade para aguardar a finalização das investigações da Operação Jogo Limpo, que apura desvios que podem chegar a R$ 7 milhões na Fundação Municipal do Esporte e Lazer (Fundesportes), da Prefeitura de Palmas, com a utilização de empresas fantasmas, associações e federações esportivas.
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Deflagrada no dia 26, a operação cumpriu 22 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Mais de 100 policiais civis participaram de ação conjunta nas cidades de Palmas, Paraíso, Nova Rosalândia, Miracema e Paranã.
Marcelo Marques de Lima e Euzébio Resplande Montelo não foram capturados no dia. Este último teve em seu favor pedido de revogação da medida cautelar pelas autoridades policiais, por entenderem inexistir indícios de seu envolvimento nos crimes, após diligências que só puderam ser realizadas com o cumprimento dos mandados judiciais. Marcelo, por sua vez, apresentou-se a Polícia Civil na quinta-feira, 1º, sendo, então recolhido a Casa de Prisão Provisória de Palmas e liberado nessa segunda.
Análise das informações
Conforme a PC, o próximo passo da operação consiste no aprofundamento da análise das informações obtidas através dos interrogatórios dos 23 presos temporários, assim como dos exames periciais em andamento.
Segundo o titular da Dracma, Guilherme Rocha Martins, essa fase de análise é fundamental para o “direcionamento preciso e eficiente” das investigações sobre o suposto esquema criminoso atuante na Fundesportes, que, conforme o delegado, abrangeria a gestão Cleyton Alen na fundação e de Adir Gentil na antiga Secretaria de Governo e Relações Institucionais do município de Palmas. (Com informações da SSP)