O professor de História Ailson Mendes de Souza, da Escola Municipal Magarida Lemos Gonçalves, em Palmas, procurou o CT e afirmou ter sido agredido física e verbalmente nesta quarta-feira, 13, por um sargento do Corpo de Bombeiros, no intervalo das atividades da unidade educacional.
O docente relatou que tudo começou no refeitório da instituição, no horário do almoço. “Eu estava conversando em tom normal com dois outros militares e ele se encontrava em uma mesa próxima. Quando em determinado momento o sargento mandou que eu ficasse em silêncio. O pedido dele eu não ouvi e continuei o bate-papo”, contou.
Segundo o professor, o militar insistiu no pedido e teria feito sinal a uma colega sua que estava ao seu lado para avisá-lo. “Quando fui alertado, olhei para ele e ele fez o gesto de psiu e pediu: ‘silêncio professor’. Apesar de não estar com voz alta, fiz um sinal de positivo”, narrou.
Souza contou que após o militar deixar a mesa, o procurou para conversar. “Eu disse a ele que quando quisesse me chamar a atenção, fizesse em particular e não em público. Que não fizesse mais perto dos meus colegas de trabalho e tampouco dos meus alunos. Disse também que me respeitasse e que aquela atitude dele tivesse sido a primeira e a última vez. Que se ele achasse que a minha conduta não estava de acordo com as regras da escola que se reportasse a minha chefe imediata que ela se repertoria a mim. disse também que não era subordinado a ele”, relatou.
Depois desse encontro, segundo o professor, o militar teria ficado alterado. “Você é tem que me respeitar, ele disse para mim. Então respondi que o respeitava e que ele não a mim”, contou. O docente afirmou que naquele momento optou por deixar o refeitório e ir para a sala dos professores. “Ele me seguiu até o local e disse que se eu quisesse falar em particular que naquele momento era a hora. Disse a ele então que o que tinha para falar já tinha feito e não falaria mais nada”.
Contudo, ainda conforme Souza, o militar o agrediu. “Ele não ficou satisfeito com o que disse e me agrediu. Me pegou pelo pescoço, com um golpe de judô, me jogou no chão, lesionou meu joelho e ombro. Tudo isso pode ser comprovado por meio de corpo de delito, B.O. e testemunhas. Mais de dez professores tentaram tirar ele de cima de mim e não conseguiram. Foi quando outros militares e a diretora da escola chegaram e conseguiram tirar ele de cima de mim”, afirmou.
Providências
Souza fez questão de enfatizar que vai processar civil e criminalmente o militar. “Informo ainda que não fui afastado das minhas funções, mas estou de atestado médico, com joelho lesionado, perna mobilizada em razão dessa agressão física sofrida. É lamentável que esse tipo de agressão possa acontecer dentro de um ambiente escolar, sobretudo, contra um professor no seu reduto, ou seja, na sala dos professores”, finalizou.
Outro lado
O CT entrou em contato com com o Corpo de Bombeiros, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.