A pandemia da Covid-19 trouxe diversos desafios para a educação. Muitas escolas e professores precisaram buscar novas ferramentas e abordagens para driblar os obstáculos do ensino remoto e conseguir motivas os alunos a continuarem estudando. Foi exatamente isso que Ionara Miranda da Cunha fez a partir de seu projeto Vaga-lumes, promovendo um novo sentido na vida dos estudantes. Ela é professora de Língua Portuguesa e Projeto de Vida do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, em Araguaína (TO), escola pública de EMI – Ensino Médio Integral (modelo de educação nacional, público e gratuito).
Por meio de rodas de conversas e palestras presenciais e online, Ionara buscou alcançar todos os estudantes, compreendendo seus contextos sociais e dificuldades. A iniciativa recebeu grande destaque nesse período e foi desenvolvida dentro da disciplina Projeto de Vida, uma ferramenta pedagógica moderna e multidisciplinar que está no centro de todo ensino do EMI e que busca, por meio de diferentes ações, auxiliar na construção da identidade pessoal e objetivos para a vida adulta.
“O objetivo do Projeto Vaga-lumes foi e ainda é de alertar e conscientizar os estudantes sobre a importância da inteligência emocional e das habilidades socioemocionais para sua vida. Torná-los mais confiantes, motivados, compreensivos em suas relações interpessoais e intrapessoais é fundamental. Dessa forma, conseguem encarar situações difíceis com mais facilidade e criatividade, com grande capacidade de superação para realizar seus sonhos e alcançar suas metas na escola e fora dela”, explica a idealizadora.
A partir da evolução dos trabalhos de mobilização, a escola passou a promover palestras com temas propostos pelos alunos, como autoestima e autoconhecimento, aspectos diretamente ligados aos Projetos de Vida, e outras atividades, como círculos de paz com as facilitadoras da Justiça Restaurativa, método que busca, quando possível e apropriado, realizar o encontro entre vítima e ofensor. Aos poucos, os estudantes passaram a se sentir mais seguros e motivados, e então a professora começou a gravar vídeos e podcasts com os jovens para contar sobre suas trajetórias e planos futuros e inspirar outros alunos a também investirem seu tempo nos estudos.
“Pense fora da caixa”
A dinâmica “Pense fora da caixa” foi desenvolvida para que os estudantes ampliassem sua maneira de pensar e de agir, focando não apenas no futuro, mas também no presente. “Muitos alunos tinham o desejo de ter uma independência financeira, mas não sabiam o caminho. Com a proposta de trazer novas perspectivas e fazê-los ’pensar fora da caixa’, convidamos a consultora empresarial Giane Alves, que ministrou a palestra sobre protagonismo e transformação da vida financeira. Após essa atividade, alguns jovens começaram a construir seu Projeto de Vida voltado para área de economia, administração ou até mesmo empreendedorismo”, conta a professora.
Conheça o Ensino Médio Integral
O EMI possui uma proposta pedagógica multidimensional, que se conecta à realidade dos jovens e busca proporcionar o amadurecimento do indivíduo, com o objetivo de prepará-lo não só para o mercado de trabalho ou para o vestibular, mas também para a vida. Um modelo de ensino moderno, público e gratuito, que foca em auxiliar os jovens na construção de seus Projetos de Vida e planos para o futuro.
Em todo o país, 1 em cada 5 escolas públicas de Ensino Médio são de Ensino Médio Integral (EMI), totalizando cerca de 4301 escolas e 960 mil estudantes. A modalidade apresentou crescimento exponencial no último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), reforçando sua assertividade. Os índices de desempenho e rendimento também surpreendem. Enquanto a média nacional do IDEB foi de 3.9 pontos, o Ensino Médio Integral atingiu 4.7 pontos na média nacional, superando a meta Brasil de 4.6 pontos. Apesar de acumular os melhores resultados do Ensino Básico, o modelo, que promove a formação integral e cidadã dos jovens, ainda é pouco conhecido. (Da assessoria de imprensa)
[ngg src=”galleries” ids=”89″ display=”basic_slideshow”]