O Ministério Público do Tocantins (MPE) realizou na noite desta terça-feira, 22, uma audiência pública para discutir soluções relacionadas à mobilidade urbana da Avenida Tocantins, prejudicada pelo projeto batizado de “Shopping a Céu Aberto”, que teve as obras declaradas pelo Tribunal de Contas (TCE) como irregulares, ilegais e antieconômicas. O debate foi mediado pela promotora Kátia Chaves Gallieta.
CONTRA A FORMA COM QUE FOI CONSTRUÍDA
A ciclovia, segundo as pessoas ouvidas na audiência, causou uma série de transtornos e foi a principal reclamação de moradores, comerciantes, empresários e políticos. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Taquaralto (ACIT), Rausther José de Souza, resumiu. “Precisamos, urgentemente, retirá-la, para que o fluxo ocorra normalmente. E o Poder Público deve ser ágil. Todo dia vemos engarrafamento, que prejudica o comércio local. Ninguém é contra uma ciclovia. O que somos contra é a forma que foi construída”, disse.
OBRA SEM CONCLUSÃO DO ESTUDO TÉCNICO
Na ocasião, o presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (IPUP), Giovanni Alessandro Assis Silva, explicou aos presentes que a implantação da ciclovia era uma das obras previstas num projeto, do próprio IPUP, que previa a revitalização da avenida. “O corpo técnico [do IPUP] estava trabalhando numa proposta de requalificação urbana da via e da região, mas o projeto não foi finalizado e a gestão anterior resolveu implantar a ciclovia, que era uma das obras previstas. O estudo técnico nem estava concluído”, disse Silva.
NOVA AUDIÊNCIA
As sugestões serão encaminhadas à Prefeitura de Palmas. Uma outra audiência pública foi marcada para a discutir novamente a questão, no dia 31 de janeiro.