Ao longo dos anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem demonstrando, através de políticas públicas e um grande investimento em tecnologia, que é possível tornar ainda mais acessível à pessoa com deficiência o direito ao voto. Tanto que no ano passado foi um dos ganhadores do prêmio internacional Zero Project 2019 (projeto Zero).
O programa de acessibilidade da Justiça Eleitoral foi agraciado na categoria “melhores práticas e políticas inovadoras mundiais na área de vida independente e participação política de pessoas com deficiência”, em Viena, na Áustria.
A partir dessa nova proposta da Convenção da ONU, o que importa são as barreiras do ambiente, barreiras arquitetônicas, barreiras de acessibilidade, mas principalmente as barreiras do preconceito, da discriminação e da exclusão, essas sim verdadeiras muralhas que impossibilitam que as pessoas com deficiência exerçam seus direitos, dentre eles, o direito de votar.
A comunicação melhorou muito, e já falamos da pessoa com deficiência visual, agora os surdos que, além de terem os intérpretes de libras, têm também legendas para facilitar ainda mais, pois há surdos que só sabem a língua de sinais e outros que fazem apenas leitura labial complementada com a leitura de legendas em português.
Em todo o Brasil são 24℅ de pessoas com algum tipo de deficiência. No Tocantins, segundo o IBGE, são 308 mil (dados de 2010), embora eu creia que esse número seja ainda maior, ou seja, 23% da população do estado, número considerável e convidativo para que a classe política comece a ouvi-los.
Quanto à participação de pessoas com deficiência nas eleições como candidato ou candidata, é tema para a próxima semana, pois agora estou indo à livraria Leitura adquirir o livro “2018”, do autor da Coluna do CT, que me disseram que é uma obra-prima.
Falarei sobre esse livro aqui também… 🙂
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
quintino153@gmail.com