A causa da deficiência deve ser defendida por todos os cidadãos. Muitas pessoas com deficiência não nasceram com deficiência, se tornaram em algum momento de sua vida, seja por acidente, violência ou por doença, que é meu caso (sofri meningite aos 3 anos de idade).
Não há dados oficiais de quantos candidatos e candidatas a vereador (a) ou a prefeito (a) com deficiência saíram nestas eleições, mas devido às dificuldades financeiras, preconceito e discriminação da sociedade e da classe política, com certeza, esse número é bastante pequeno, tendo em vista que somente dois alcançaram a eleição para o Congresso Nacional nas eleições de 2018, no meio de 594 congressistas entre senadores e deputados, a senadora Mara Gabrilli (SP) e o deputado federal Felipe Rigone (ES).
Temos cota para as mulheres, que é de 30%, e estamos vendo aumentar o número da representatividade feminina. O STF aprovou neste ano a cota para negros, pela qual os partidos teriam que dividir a verba proporcional a eles. Quem sabe nossos congressistas votam a proposta que já foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que estabelece pelo menos uma vaga para a pessoa com deficiência entre os candidatos à Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.
Nada mais justo do que atuar para defender a bandeira das pessoas com deficiência do que elas próprias, que sentem na pele no dia a dia.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado Marcelo Aro (PHS-MG) ao Projeto de Lei 6313/02, do ex-deputado Mauro Benevides, e outros dois apensados (PL 3368/08, PL 7371/17).
No Brasil são cerca de 45 milhões de pessoas com Deficiência, no Tocantins 318 mil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística). Está mais do que na hora de termos representantes seja vereador (a), prefeito (a) deputado (a) senador (a) governador (a) e porque não presidente (a) da República?
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
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