Embora possa não ser verdade em todos os casos, sinto que as pessoas com deficiência têm uma compreensão muito mais profunda sobre o que significa intimidade e fazer sexo, ou seja, no que toca aos sentimentos, emoções, nas preliminares e no próprio prazer.
A sociedade às vezes nos faz acreditar que pessoas com deficiência, como eu, não são parceiros dignos e muitos chegam a imaginar ou mesmo questionar se temos parceiros para fazer sexo ou se vivemos um relacionamentos de fachada e que, por isso, não vivemos com harmonia e maravilhosamente bem.
A condição física ou clínica é mais um dos inúmeros obstáculos que surgem nos relacionamentos amorosos, e até quem não tem nenhum tipo de deficiência, porém namora uma pessoa com deficiência, às vezes é tratado com preconceito, sendo diversas vezes confundidos com cuidadores, irmãos, pais, mães, etc, menos como parceiro, namorado(a), cônjuge, etc, dando a perceber que não são aceitos como um casal considerado normal.
Relacionamentos já possuem altos e baixos suficientes, e romances entre pessoas sem e com deficiência não precisam de mais problemas oriundos de uma parte preconceituosa da sociedade. É dever de todos tornar o mundo melhor, e isso inclui enxergar com naturalidade que o amor existe mesmo entre os mais diferentes, que por vezes amam mais verdadeiramente.
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
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