Quando usamos a expressão “mãe”, ” pai”, “irmão”, “irmã” de criança “especial”, a gente só reforça para a sociedade que essas “mães” estão distante das outras por ser alguém que merece tratamento diferenciado de todo mundo. Essa expressão romantiza e esconde a falta de direitos pelos que as pessoas sofrem ao correr atrás deles e nunca conseguirem, e, sim, só abandono, discriminação e preconceito.
E por que chamar chamar “pai de guerreiro” ou “mãe de guerreiro” só por ter filhos com deficiência?
Algumas pessoas querendo agradar, chamam mães e pais até de heróis…. São comentários desnecessário que não ajudam em nada para algumas pessoas que não se sentem especiais ou fortes, e usar o termo certo para se referir a nós é a forma mais correta de seguirmos em frente.
E isso acontece na maioria das vezes quando não sabemos como nos referir a alguém com algum tipo de deficiência. Então, tentamos usar termos como “pessoas especiais” ou “pessoa com necessidades especiais”, na ânsia de não feri-las, mas, essas definições não são mais usadas.
PcD é a abreviação para “Pessoa com Deficiência”, já PNE significa “Pessoa com Necessidade Especial”. O termo correto para uso em qualquer situação, seja na inclusão de um colaborador, na escola, clubes, academias, em toda a sociedade brasileira e mundial é PcD.
A deficiência não é mais uma característica da pessoa, mas, sim, da sociedade, que não consegue se adaptar e permitir que todos (independentemente de eventuais limitações físicas, intelectuais, sensoriais e/ou mentais) exerçam os seus direitos e deveres com o maior grau de autonomia possível e em condições de igualdade.
Ninguém pode ser considerado “especial” só porque tem uma deficiência.
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
quintino153@gmail.com