Vendo a lista dos ganhadores do Oscar, que é o prêmio do cinema mundial para filmes e atores que mais se destacaram no último ano, uma coisa me chamou a atenção: o ganhador do prêmio de melhor ator, Anthony Hopkins, já foi diagnosticado com transtorno do espectro autista.
O Autismo é um transtorno global do desenvolvimento que não tem cura e pode durar anos ou a vida inteira, criando na portador dificuldade na interação social, comunicação, e propiciando comportamentos repetitivos.
Mas voltando a falar sobre o excelente ator galês, que descobriu apenas em sua maturidade o autismo, sua biografia demonstra que na infância ele queria ser rico, famoso e admirado, e mesmo conseguindo tudo isso prefere ficar isolado de tudo e todos, o que restou comprovado quando não compareceu para receber seu Oscar, embora tenha marcado história por ser o ator mais velho a faturar a mais alta premiação da indústria do cinema.
Se o autismo é uma doença, haja vista ser assim diagnosticada por alguns, podemos nos perguntar: Anthony Hopkins ganharia o Oscar caso acreditasse que seu transtorno é uma doença? Muitos consideram que o autismo não é doença, embora quem possua esse transtorno sofra dos mesmos preconceitos sociais impostos a pessoas com deficiência, o que levaria ao enquadramento dos autistas à Lei N° 13.146/2015, para que pudessem ter melhores oportunidades por meio da inclusão e acessibilidade e mostrar todo o seu potencial.
Parabéns a Anthony Hopkins e esperamos que a cadeirante Kiera Allen (do filme “Fuja”) esteja ano que vem também indicada ao Oscar.
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
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