As pessoas com deficiência continuam sem representatividade aqui no nosso Estado do Tocantins, onde não conheço um vereador(a), prefeito(a), deputado(a), senador(a) e nem governador(a) que se declararam pessoa com deficiência. Creio que na maior parte do Brasil também seja assim, mas estamos saindo aos poucos da invisibilidade.
Já é uma enorme conquista e este conceituado site, o primeiro veículo de comunicação a nos dar essa oportunidade, está de parabéns. Essa coluna nos ajuda a provocar reflexões e mostrar novos olhares para a sociedade.
As pessoas com deficiência são a todo momento subestimadas, têm que estar sempre provando alguma coisa a alguém para mostrar seu valor. Aos poucos vamos saindo do anonimato e provando que a política pode transformar uma sociedade onde se vive, mas jamais podemos ficar dependente dela. Os políticos que estão aí já nos provaram que não pensam em nossa causa e essa mudança só ocorrerá de verdade se tivermos pessoas com deficiência na liderança também das empresas, das associações, dos sindicatos, na iniciativa privada, nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Federal, no Senado, nos Governos e, porque não, na Presidência da República!
Um país onde um presidente nos chama de maricas, fala que estamos com frescuras, com mimimi, que somos um país de idiotas, ao invés de incentivar, fortalecer as políticas públicas para inserir as pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na sociedade em geral, joga contra e é um retrocesso, como já abrodamos anteriormente.
Não adianta em nada andar pelo Brasil com intérpretes de libras para falar para a comunidade surda e ir contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei N° 13.146/2015).
Não temos ainda nada a comemorar em termos de políticas públicas, mas estamos saindo da INVISIBILIDADE!
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
quintino153@gmail.com