Capacitismo é a discriminação de pessoas com deficiência (PCDs) ou neurodivergentes (NDs), sendo ableism sua tradução para o inglês. O termo é fruto da construção social baseada em corpos perfeitos, denominados como “normais”, e da subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências. Para resumir, é o conjunto de atitudes preconceituosas que discriminam e subestimam a capacidade das pessoas com deficiência.
O capacitismo se manifesta todos os dias de diferentes maneiras. Por exemplo, quando alguém acredita que uma pessoa com deficiência é incapaz de trabalhar ou ser independente. Ou quando essa pessoa não é contratada porque a empresa não possui infraestrutura de acessibilidade, ou ainda quando é tratada, desnecessariamente, de maneira infantilizada.
No ambiente de trabalho e em outros ambientes, o capacitismo acontece de diversas formas, quando comentários ofensivos são feitos, mesmo que sob a desculpa de “brincadeira”, ou pela discriminação velada ou expressa, intencionando exclusão ou lesão, mesmo apenas à honra.
As vítimas do capacitismo possuem baixa representação política, social e econômica, sendo também intituladas de minorias ou grupos minoritários. E essa falta de representação apenas piora o quadro. Temos muito a avançar em relação à inclusão, e comportamentos como capacitismo não devem ser empregados em nossas vidas. Por meio de políticas públicas efetivas, inclusive com leis sobre o assunto, a sociedade pode se tornar consciente sobre o capacitismo e promover ações que o extinguam.
Diga não às discriminações. Diga não ao capacitismo em todas as suas formas.
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
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