Devido ao início do período das chuvas no Tocantins, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) alerta a sociedade para o aumento do risco de transmissão das arboviroses urbanas (dengue, chikungunya e zika), doenças relacionadas ao mosquito transmissor Aedes aegypti.
As arboviroses são doenças sazonais com maior probabilidade de transmissão durante a estação chuvosa em decorrência do aumento da população vetorial (mosquitos). Assim, as ações de prevenção e controle do vetor devem ser intensificadas nesse período.
Preocupação
Com dados expressivos em todo o estado do Tocantins, as arboviroses urbanas requerem atenção de todas as estruturas de Governo. Casos de zika, dengue e chikungunya aumentaram significativamente neste ano. Para evitar uma emergência em saúde pública todos devem fazer seu trabalho.
Até o momento, 46 municípios confirmaram casos de chikungunya, com 138 registros em 2021 e 3.686 em 2022 – aumento de 2.571%. Com relação à dengue em 2022, até o momento, 123 municípios confirmaram casos da doença no Estado, com 2.991 em 2021 e 18.770 neste ano, aumento de 528%. Outra doença transmitida pelo Aedes é a zika, com 16 municípios registrando casos confirmados até o dia 19 de outubro, sendo 53 em 2021 e 79 neste ano, um aumento de 49%.
A SES-TO chama atenção dos gestores para a importância da articulação com diversas áreas para o desenvolvimento de ações de comunicação e mobilização social visando à prevenção e controle. “Os municípios devem intensificar as atividades de prevenção dessas doenças, que devem ser planejadas a partir das informações da situação epidemiológica de cada local, das condições ambientais dos territórios e dos levantamentos entomológicos (LIRAa e LIA – Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti e Levantamento de índice amostral)”, frisa a gerente de Vigilância das Arboviroses da SES-TO, Christiane Bueno.
LIRAa e LIA
O 4º levantamento entomológico de 2022, o LIRAa e LIA, está em realização desde outubro e será finalizado em novembro, devendo as secretarias municipais de Saúde encaminhar as informações à Secretaria Estadual até a terceira semana de novembro (até dia 18). “O LIRAa e LIA são metodologias que quando bem desenvolvidas fornecem às equipes locais informações que servem de subsídios no planejamento das atividades de prevenção e controle do vetor, indicando quais áreas devem ser priorizadas, a fim de reduzir a população vetorial e consequentemente a transmissão dessas doenças. E no âmbito estadual, essas informações complementam o monitoramento e as análises da situação epidemiológica no Estado, nesse período contribuindo para a tomada de decisões”, explica a gerente.
“Os levantamentos entomológicos (LIRAa e LIA) são importantes indicadores utilizados para mensurar o risco de transmissão de arboviroses urbanas nos territórios municipais. Dessa forma, saber a caracterização entomológica, isto é, ter conhecimento do conjunto de informações relativas ao vetor permite direcionar de maneira estratégica as ações de controle vetorial”, explica a bióloga em saúde, Renata Braga.
Dengue
A dengue é uma doença febril aguda que ocorre, especialmente, em países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor.
A maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve, somente uma pequena parcela deles progride para um quadro mais grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo.
Zika
É um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Tem essa denominação por ter sido identificado na floresta zika, em Uganda, na África.
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.
Chikungunya
A febre de chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus que é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes albopictus, os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaléia e erupções cutâneas vermelhas. Os sintomas desta doença costumam durar de três a dez dias. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.
Mais informações sobre prevenção – https://www.to.gov.br/saude/dengue-zika-chikungunya-e-febre-amarela/3b6g8ahrdwum. (Da assessoria de imprensa)