Em 2015, o Brasil viveu um surto de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Além de mortes por dengue e chikungunya, outro impacto negativo atingiu centenas de mulheres grávidas que foram acometidas pelo zika vírus. O resultado foi o nascimento de bebês diagnosticados com microcefalia, que é uma condição médica em que o crânio do bebê é menor do que o normal para a idade, causando diversos atrasos no desenvolvimento mental e intelectual.
Infelizmente, as doenças causadas pelo mosquito voltaram a preocupar todo Brasil, com 1.016 mortes por dengue em 2022, um recorde no País. De acordo com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), nos primeiros quatro meses de 2023, Araguaína registrou 126 casos de dengue, 21 casos de chikungunya e ainda 5 casos para zika. Desses 5 casos diagnosticados do zika vírus, um foi em uma gestante.
O Ministério da Saúde alerta que um o maior risco de transmissão do zika vírus está associado aos primeiros três meses de gravidez, mas pode ocorrer durante toda a gestação. Diante disso, o cuidado para evitar o contato com o mosquito Aedes Aegypti deve prevalecer durante toda a gestação.
Todo cuidado é pouco
A Secretaria da Saúde intensificou ações de conscientização e orienta a população, alertando os moradores sobre os riscos, pois a melhor forma de prevenção contra dengue, zika e chikungunya é eliminar o mosquito transmissor de doenças, mantendo o quintal sempre limpo para evitar possíveis criadouros.
“É de extrema importância manter os cuidados básicos contra o mosquito Aedes Aegypti. Gestantes devem ter cuidado redobrado, devendo utilizar repelente seguro na gestação, usar mosquiteiros sobre a cama, colocar telas em portas e janelas e usar roupas compridas para evitar o contato com insetos e, principalmente, procurar atendimento médico quando apresentar qualquer sintoma”, orientou a médica infectologista do Município, Katiuska Goedel.
Dados
O resultado do primeiro LIRAa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti) de 2023, realizado no primeiro trimestre, Araguaína apresentou o percentual de 7,9% de índice de infestação predial, que é considerado de alto risco para a epidemia de dengue, zika e chikungunya.
No levantamento, o município foi dividido em 10 regiões e houve visitas em 2.226 imóveis, onde foram encontrados 679 focos do Aedes Aegypti. Também foi possível concluir que 75% das larvas encontradas estão dentro das residências.
Transmissão, sintomas e tratamento
A forma de contágio do zika pode acontecer por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, que também transmite a dengue e o Chikungunya. No caso do zika, ainda pode ocorrer transmissão por meio de relação sexual e de mãe para feto durante a gravidez.
Além dos sintomas semelhantes aos da dengue, a infecção pelo zika pode gerar sintomas que incluem febre, irritação na pele com o aparecimento de manchas avermelhadas pelo corpo, dor nas articulações e olhos vermelhos.
Segundo a técnica do CCZ e responsável pelo programa de combate à dengue, Mariana Parente, o caso de zica em uma gravida foi diagnosticado no primeiro trimestre de gestação. “A gestante acometida pela infecção está recebendo todo apoio necessário da equipe de Saúde da Família da sua unidade básica de referência”.
A Secretaria da Saúde informa que todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) estão aptas a prestar assistência a qualquer gestante que apresentar sintomas de infecção por dengue, zika e chikungunya.
De olho na limpeza
Continua valendo a notificação pública direcionada aos proprietários de lotes vazios na cidade que exige que façam a limpeza destes locais, como medida de combate ao avanço no número de casos de doenças como a dengue, chicungunha e calazar.
Caso o proprietário não cumpra o prazo estabelecido pelo Município, será aplicada uma multa no valor de R$ 300, somada aos custos dos serviços que venham a ser executados pela Prefeitura para realizar a limpeza do lote. (Da assessoria de imprensa)