O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é celebrado em 24 de março. A doença infecto-contagiosa ataca principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas do corpo humano. A boa notícia é que a doença tem cura, o tratamento é gratuito e ofertado em todos os 34 Centros de Saúde da Comunidade (CSC) da Capital.
Em Palmas, mais de 44 casos de tuberculose foram notificados em 2018, sendo 27 novos, 11 casos vindos de outras cidades, cinco reingressos por abandono do tratamento anterior e uma recidiva (pessoa que já havia tido a doença anteriormente). Destes, 34 casos foram pulmonares e dez extra- pulmonares.
O perfil da população acometida pela tuberculose em Palmas, no ano de 2018, foi em sua maioria homens com 30 anos ou mais. Atualmente, 19 pacientes estão em tratamento nos Centros de Saúde e dois pacientes em tratamento no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde Dr. Eduardo Medrado (Amas), que é referência para casos mais complicados de tuberculose e microbactérias não tuberculosas, além de nove pacientes em tratamento profilático.
A tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa, ao espirrar, tossir ou falar, e os principais sintomas são tosse por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito.
A coordenadora do Grupo Condutor de Doenças Infectocontagiosas, a enfermeira Luciana Noleto, reforça que a doença tem cura e que o tratamento é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da Capital. “É muito importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas, principalmente tosse por mais de três semanas. Isso é um sintoma clássico para a tuberculose. A pessoa deve procurar o centro de saúde mais próximo, fazer os exames de escarro para detectar a presença ou não do bacilo e em caso de positivo o tratamento é iniciado imediatamente. Todos os CSCs de Palmas estão aptos a fazer o diagnóstico, acompanhamento e tratamento”, ressalta Luciana.
O tratamento, padronizado pelo Ministério da Saúde, tem duração de seis meses, feito por poliquimioterapia (vários comprimidos) com antibióticos e o medicamento deve ser tomado todos os dias, sem interrupção. “É muito importante que o paciente siga o tratamento certinho, sem interrupção, porque logo nos primeiros meses a pessoa já sente uma melhora e acha que está bem e abandona o tratamento. Isso é perigoso, porque o tratamento irregular da tuberculose pode deixar o bacilo ainda mais forte e resistente aos medicamentos”, frisa Luciana.
Programação na Capital
Na Capital, ao longo do mês, atividades educativas serão realizadas junto aos usuários dos centros de saúde, Unidades de Pronto Atendimento e Amas. Desde o final de fevereiro as equipes do Amas e dos CSCs Arno 44, Arne 64 e Bela Vista estão trabalhando o tema da Tuberculose em rodas de conversa com profissionais das equipes de saúde da família, grupos de tabagismo, escolas e até em atendimento noturno para sintomáticos respiratórios.
Na quinta, 21, profissionais do Amas farão palestras nas salas de espera com os pacientes que aguardam para fazer consultas, exames ou procedimentos cirúrgicos.
Já os CSCs Santa Bárbara, Buritirana, Liberdade (Jardim Aureny III) e Novo Horizonte (Jardim Aureny IV), realiza nos dias 18, 20, 21, 22 e 25, palestras na sala de espera da unidade.
No dia 21, profissionais do CSC Setor Sul realizarão palestra na unidade prisional feminina. No dia 22, sexta-feira, os profissionais do CSC Eugênio Pinheiro farão panfletagem e orientações na calçada da Farmácia do Trabalhador no Jardim Aureny I.
E no dia 25, às 15 horas, no auditório do Instituto Vinte de Maio, acontece uma roda de conversa entre a médica pneumologista Jussara Oliveira e os profissionais das Upas. Por fim, no dia 28, o CSC Laurides Milhomem (Jardim Aureny III) realiza Teste Rápido Molecular para Tuberculose na população sintomática. (Com informações da assessoria)