Tenho um amigo que considero intelectual, não desses intelectuais de plantão, mas daqueles que sempre estão pesquisando, lendo, se aprofundando em vários assuntos, além de ser autor de livros, artigos e crônicas que versam sobre estilos diversos, mas, mesmo assim, se mostra um tanto incrédulo em relação aos acontecimentos que muitos consideram como coincidências, mas que aos olhos dos que creem, tratam-se de arranjos da Providência Divina, ou seja, não existem explicações plausíveis se os analisarmos com os olhos e a razão puramente humanas.
“Para mim, um dos maiores enigmas da vida é a crença na existência de Deus, ou de um deus. Tudo indica que ele não existe, basta olhar para o mundo, com tanta desfaçatez, miséria, guerras religiosas, maldades e violências de toda espécie. Mas, mesmo assim, apenas animado pela beleza da natureza, pelos encantos do universo, o homem cai de joelhos e desenvolve o que chama de fé. Acreditar em um deus, me parece, é mais uma necessidade psicológica. É muito difícil imaginar que morreremos e tudo se acabará. E os nossos entes queridos? Não mais os encontraremos? É a incógnita da morte que sustenta as religiões e a crença num deus. Quando e se o homem atingir a imortalidade – e tudo indica que conseguirá um dia – (que pretensão, eu diria) não haverá mais qualquer interesse no divino. O homem sempre foi um ingrato e egoísta. Pessoalmente torço muito para que exista um deus bondoso me esperando depois da morte. Mas ele me parece tão improvável… Aquele do Antigo Testamento me dá calafrios… É melhor que ele não exista…Mas, como recomenda Pascal, acredite em Deus, pois se ele não existir e você acreditar, não fará diferença. Agora, se ele existir e você não acreditar, a coisa não ficará muito boa para o seu lado.”
[bs-quote quote=”Quando ele, Dr. Augusto, aprofundar os estudos sobre a Espiritualidade e creio que já o faça, despido de conceitos, preconceitos e dogmas, todos estabelecidos pelo ser humano, chegará à conclusão que aquele mesmo Jesus, foi e é até hoje, o Espírito de Luz mais evoluído que por aqui passou, para nos deixar lições de amor, fé e caridade” style=”default” align=”left” color=”#ffffff” author_name=”JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA” author_job=”É poeta, escritor e advogado” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/03/JoseCandido-PovoaNova60.png”][/bs-quote]
Palavras desse amigo.
Pois bem, a despeito de ele não acreditar nos fatos ocorridos com pessoas próximas, com o próprio aconteceu o seguinte: Em nossa terra natal, Dianópolis, existe a Lagoa Bonita, que há décadas serve de local para lazer, em vista da água cristalina e morna, com profundidade máxima de um metro e pouco e dimensões consideráveis, sem contar os buritizais que a cercam e um belo rio transparente que corre ao seu lado. Nos finais semana é comum inúmeras famílias para lá se deslocarem.
Quando ainda criança, esse amigo a quem me refiro, por circunstâncias da vida, neto da minha mãe, costumava para lá se deslocar levado por ela, juntamente com inúmeros outros membros da família, na sua maioria crianças e tinham como diversão postarem-se ao seu redor no meio da lagoa, quando ela inúmeras vezes mergulhava e colhia belas pedras coloridas que se encontravam submersas enterradas pela própria natureza na areia branca do fundo daquele belo espelho d’água. Cada pedra colhida era entregue como se um troféu fosse, para algum dos participantes da brincadeira.
Muitos anos se passaram, a vovó há muito falecida, meu amigo agora um excelente escritor, advogado respeitado, com uma bela família formada, certo dia resolveu levar os dois filhos, juntamente com a esposa, para um dia de lazer naquela lagoa. O lugar, o mesmo, a beleza a mesma, a natureza demonstrando sua exuberância de forma ímpar, provocando nele sensações e recordações como se ontem ali tivesse estado…(A natureza não envelhece como nós e tem a capacidade de se renovar a cada estação e quanto mais velha mais bela. Ah, se aprendessemos esse segredo! Se bem que, espiritualmente, quanto mais velhos nos tornamos, mais nobres e conhecedores dos mistérios da vida e, assim, nos tornamos uma espécie de irmãos quase gêmeos da natureza.)
As crianças, essas sim irmãs gêmeas da natureza, na simbiose que existe entre os bons e puros, logo aderiram às brincadeiras no meio da lagoa, a exemplo do que o pai fazia com a avó há tantos e tantos anos.
Foi quando meu amigo se lembrou da brincadeira de colher pedrinhas coloridas, colocou-se no meio da roda formada pelos filhos, esposa, irmãs, cunhados e primos, avisando que repetiria o ritual que por diversas vezes viveu e participou.
No primeiro mergulho em busca de pedras, para sua surpresa e de todos, o que conseguiu encontrar enterrado na areia foi um crucifixo de aproximadamente 7cm, novinho, como se lá houvesse sido colocado naquele dia. Todos admirados e ele pasmo, ao lembrar-se da avó que tinha uma fé inquebrantável e ele com as dúvidas que lhe assaltavam o coração de quando em vez. Solicitou à esposa que guardasse aquela preciosidade. E ela, num descuido qualquer, deixou-o escapar-lhe das mãos e o viu desapareceu na areia. Ato contínuo, novo mergulho e novamente nas suas mãos ele estava. E hoje o carrega dependurado no retrovisor do carro que utiliza todos os dias para o trabalho e lazer. O recado foi dado!!
Embora o fato não tenha ocorrido comigo, tiro dele as conclusões que me cabem dentro do que acredito e pelo recado que foi transmitido ao meu amigo.
O tema é instigante e não sei me calar sobre o assunto. Mas, a propósito, lembro-me agora do livro que li há pouco tempo, de autoria do médico, psiquiatra e psicólogo Augusto Cury, que é realmente uma referência na conversão de um ser humano, pois o mesmo passou de um dos maiores ateus, como ele mesmo se intitulava, a ser uma pessoa que acredita hoje na capacidade espiritual que Jesus possuía. Ele não se declarou Cristão, se limitou a dizer que Jesus foi e é até hoje o homem mais inteligente que a humanidade conheceu. Quando ele, Dr. Augusto, aprofundar os estudos sobre a Espiritualidade e creio que já o faça, despido de conceitos, preconceitos e dogmas, todos estabelecidos pelo ser humano, chegará à conclusão que aquele mesmo Jesus, foi e é até hoje, o Espírito de Luz mais evoluído que por aqui passou, para nos deixar lições de amor, fé e caridade, que à primeira vista parecem tão simples, porém tão difíceis de serem exercidas. Ele, Jesus, considerado o Divino Mestre, Médico dos médicos, Reis dos reis, Sábio dos sábios, foi o único homem chamado de Filho unigênito de Deus, e que aqui esteve não para ser rei, governante, ou exercer qualquer papel supostamente importante para a filosofia humana, veio apenas para ser servo de todos aqueles que O procuravam e continua servindo aqueles que O procuram.
EL, ELOAH: Deus “poderoso, forte, proeminente”; (Gênesis); EL SHADDAI: “Deus Todo-Poderoso”, “O Poderoso de Jacó” (Gênesis 49:24; Salmo 132:2,5)nesis 7:1, Isaías 9:6) ELOHIM: Deus “Criador, Poderoso e Forte” (Gênesis 17:7; Jeremias 31:33) ADONAI: “Senhor” (Gênesis 15:2; Juízes 6:15) YHWH / YAHWEH / JEOVÁ: “SENHOR” (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) JEOVÁ-JIRÉ: “O Senhor proverá” (Gênesis 22:14) JEOVÁ-RAFA: “O Senhor que sara”(Êxodo 15:26) EL ELIOM: “Altíssimo” (Deuteronômio 26:19) EL ROI: “Deus que vê” (Gênesis 16:13), dentre tantas outras denominações…Tudo que vem de Deus, Alá, Jeová, Javé, etc… ou outra denominação que a humanidade queira dar, é grande e sábio e Ele não exige grandes acontecimentos para se manifestar, está presente nas mais singelas ocorrências do dia a dia, a exemplo dos fatos acima narrados.
“Benjamin Franklin já dizia: “Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia.”
Será que Ele existe? Quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que veja!
JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA
Poeta, escritor e advogado. Membro fundador da Academia de Letras de Dianópolis (GO/TO)
jc.povoa@uol.com.br