O Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed) emitiu nota nesta terça-feira, 21, para se manifestar contrário ao programa “Mais Saúde para o Brasil”, lançado na segunda-feira, 20, pelo governo federal. O projeto é uma reedição do “Mais Médicos” – de 2013 – e tem como objetivo abrir 15 mil vagas para profissionais da saúde no interior do País. Entretanto, a entidade entende critica a iniciativa por “não exigir revalidação do diploma de quem é formado no exterior”.
PRINCIPAIS DEFESAS
Além da obrigatoriedade da revalidação dos diplomas junto a Conselho Federal de Medicina (CFM), o Simed reforça a “defesa inquestionável do trabalho do médico”, criticando o que chama de “bolsas negócio”, que não garante proteção ao profissional por meio dos sindicatos e federações. “A entidade é contrária à inversão que o programa faz no sistema de saúde pública, na medida em que não estrutura, primeiro, as redes de saúde nos rincões do país, antes de levar o médico para locais sem condição alguma do exercício da profissão”, acrescenta ainda.
Leia a nota do Sindicato dos Médicos:
“O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED-TO) torna pública sua preocupação om o retorno do programa do governo federal “Mais Médicos”, anunciado na segunda-feira, 20, com o nome de “Mais Saúde para o Brasil”.
Apenas rebatizado com um novo nome, o programa mantém a falha de ignorar a inscrição do profissional como médico no estado onde irá atuar e por não exigir a revalidação do diploma de quem é formado no exterior.
O SIMED-TO é a favor:
1º. A sustentação incontestável da obrigatoriedade da revalidação dos diplomas junto a autarquia federal (CFM);
2º. A defesa inquestionável do trabalho médico, seja com vínculo celetista ou estatutário, mas NUNCA MAIS com “bolsas negócio” desprovidas de proteção e dignidade (sindicatos e federações).
O SIMED-TO entende que estas etapas são imprescindíveis para a atuação regular e segura da medicina de profissionais médicos de outros países.
A entidade é contrária à inversão que o programa faz, no sistema de saúde pública, na medida em que não estrutura, primeiro, as redes de saúde nos rincões do país, antes de levar o médico para locais sem condição alguma do exercício da profissão.
A defesa do SIMED-TO é a criação da carreira médica nacional, vinculada à atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a gerar as condições necessárias do atendimento adequado em qualquer lugar do país.
Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins”