O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepol) reagiu à nota do empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, o Duda, em que afirma ter sido extorquido pela Polícia Judiciária. “Embora irresponsável o ataque genérico, manifestamos pela necessidade premente de apuração da denúncia”, resume a presidente da entidade, Sarah Lilian, em texto enviado à imprensa. A manifestação de Duda veio após a 1ª Vara Criminal de Porto Nacional decidir não levá-lo ao Tribunal Júri pela acusação de ser o mandante do assassinato do também empresário Wenceslau Gomes Leobas, o Vencim, em 2016.
Dever do acusador em apontar culpados
A nota do Sindepol aponta que a “generalidade” da acusação feita por Duda expõe “levianamente” a imagem da Polícia Civil. Por outro lado, a mesma sendo feita, a entidade reforça que não se pode ser esquecido o “dever do acusador” de apontar os eventuais agentes públicos que o extorquiu. “Os quais responderão por seus atos, através do devido processo legal, caso sejam devidamente comprovadas as acusações”, acrescenta
Impronúncia não é plena inocência
O texto ainda defende a atuação dos policiais no caso do assassinato de Wencin, e reforça que a decisão do juiz de não levar Duda ao Júri não desclassifica o trabalho da instituição. “A impronúncia […] não significa plena declaração de inocência ou que os trabalhos dos órgãos de persecução não foram devidamente realizados, havendo possibilidade, inclusive, pela própria natureza da decisão, enquanto não extinta a punibilidade, de nova denúncia, se houver prova nova, bem como de apelação por parte do Parquet, nos termos da legislação processual penal vigente”, destaca.