A Portaria da Secretaria de Segurança Pública (SSP) que removeu o agente Antônio Mendes Dias da Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc) para a 2ª Delegacia de Polícia de Palmas gerou nota de repúdio do Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol). Segundo a entidade, a medida é “retaliação” ao servidor após postagem privada de críticas ao governo estadual.
O argumento de que há um número reduzido de agentes na 2ª Delegacia de Palmas é questionado pelo sindicato. “A atitude torna-se injustificável devido o desfalque que ela gera na outra unidade [Denarc]”, defende. O Sindepol fala em “possíveis interrupções nas atividades investigativas”, devido ao agente estar à frente de ações de combate e prisões de chefes de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), a Família do Norte (FN) e o Comando Vermelho (CV).
LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA NOTA DO SINDEPOL:
“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO) vem a público manifestar repúdio à ordem de remoção do Agente de Polícia de Classe Especial, Antonio Mendes Dias, da Delegacia de Repressão a Narcóticos (DENARC), determinada pelo Delegado-Geral de Polícia Civil do Tocantins e publicada no Diário Oficial do Estado nº 5.156, na última terça –feira, 16.
Segundo o Delegado titular da DENARC, Emerson Francisco, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), não informou e muito menos o consultou acerca da transferência do Agente e o impacto dessa ação.
A situação da unidade policial torna-se cada vez mais precária com a redução dos efetivos, propondo até mesmo possíveis interrupções nas atividades investigativas, pois o agente era responsável por ações de combate e prisões de chefes de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), a Família do Norte (FN) e o Comando Vermelho (CV).
A realocação estabelecida pela portaria de remoção determina que o Agente passe a atuar na 2ª Delegacia de Polícia de Palmas e o motivo justificado é a redução do número de policiais.
No entanto, a atitude torna-se injustificável devido o desfalque que ela gera na outra unidade. Segundo o Sindicato de Policiais Civis (Sinpol/TO), a ação de remoção é consequenciada de retaliações por parte da Cúpula da SSP, após o Agente fazer postagem em um grupo privado do Whatsapp onde fez críticas ao subsecretário frente à gestão.
Portanto, prestamos apoio ao Agente e mais uma vez nós colocamos em defesa da liberdade de expressão e reafirmamos nosso compromisso com a Polícia Civil do Tocantins.
Mozart Felix”