O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol) realizou na sexta-feira, 23, uma assembleia geral extraordinária e a base da categoria deliberou de forma unânime pela realização de uma agenda de mobilizações e paralisações focadas contra a Reforma da Previdência, uma proposta paralela para incluir polícias estaduais está sendo formulada no parlamento. A entidade também cobra tratamento isonômico entre agentes e delegados.
Benefícios só para delegados
A categoria reclama que benefícios foram concedidos aos delegados, mas não para a base, como cumulação de atividades em unidades policiais distintas da lotação, serviços de sobreaviso e plantões extraordinários. O secretário de Segurança Pública do Estado, Cristiano Sampaio, já teria determinado o estudo de impacto porém, aguarda manifestação do Palácio Araguaia para dar sequência à questão.
Nada mais que o mesmo direito
Presidente em atividade do Sinpol, Ubiratan Rebello expôs a insatisfação. “Nós temos atribuições concomitantes as atividades dos delegados. O delegado não realiza uma investigação sozinho, o delegado não inquire uma testemunha ou um preso sozinho, e para que ele faça isso em uma cidade que não seja aquela em que está lotado, ele é remunerado. Então o que nós queremos é nada mais do que o mesmo direito, a mesma tratativa, porque os policiais não são obrigados a atender as diligências de unidades em que não são lotados”, observou Rebello.
Carga horária
O presidente do Sinpol também foi firme ao mencionar que a categoria não irá trabalhar além do horário previsto em Lei. “Recebe-se por 40 horas e muitas equipes policiais trabalham 60, 80 horas semanais, porque as delegacias especializadas necessitam do sobreaviso, atendendo ocorrências também durante a noite, madrugada e nos finais de semana. No entanto, não se recebe por este serviço extraordinário”, sinalizou. A base é composta por cerca de 1600 policiais, enquanto há cerca 134 delegados de polícia.