O funcionalismo público da Capital organizou na manhã desta quinta-feira, 20, um protesto em frente à sede da Prefeitura de Palmas, na Avenida Juscelino Kubitscheck, para cobrar o pagamento das progressões, em atraso desde 2016. A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Servidores da Capital (Sisemp). Ao CT, o presidente da entidade, Heguel Albuquerque, comemorou a adesão e projeta mais ações e acionar também a Câmara de Vereadores.
“Nosso manifesto foi muito proveitoso no contexto de trazer para a prefeitura a cobrança pública dos nossos direitos. Tivemos uma participação de servidores de várias pastas, de vários planos de carreira”, comentou o sindicalista. Heguel Albuquerque destacou ainda que a mobilização foi o retorno a uma agenda de “cobrança pública”, já que a Sisemp já havia promovido ações na época de votação do orçamento da Capital, o que não surtiu efeito.
Heguel Albuquerque ainda garantiu que as mobilizações do funcionalismo vão seguir acontecendo. “A gente pretende continuar com outras atividades, inclusive nós direcionar para a Câmara. Continuar até o momento que a prefeita nos atender, nos trouxer algo consistente”, completou o presidente, garantindo a utilização das redes sociais . “Vamos usar as ferramentas necessárias que estiveram ao nosso alcance para provocar na gestão a sensibilização com relação aos nossos direitos pendentes”, comentou ao CT.
Em vídeo gravado na mobilização, Heguel Albuquerque apareceu lembrando do fato da dívida se arrastar desde 2016 e cobrando a negociação imediata. “São pendências que ela [Cinthia Ribeiro] herdou de uma gestão anterior [Carlos Amastha]. Uma herança ruim que está se perpetuando, acumulando; e toda dívida pública, quando não se negocia, vira bola de neve”, afirma [Confira abaixo].
Sisemp explica as perdas
Segundos dados do Sisemp, um servidor de nível médio do Quadro Geral, que em 2016 estava da categoria “II-D” da tabela, com progressão para a folha de pagamento de agosto, teria o salário saindo de R$ 1.635,39 para 1.684,45 em setembro daquele ano, tendo só em 2016 uma perda salarial de R$ 196,24.
Em 2017, com a data-base, o salário subiu para R$ 1.743,00 quando deveria ser para R$ 1.795,29; e com progressão horizontal – em setembro – do vencimento, deveria chegar aos R$ 1.849,15. A entidade aponta perdas de R$ 820,31 no ano passado.
Já em 2018, com a revisão geral anual, o salário subiu de R$ 1.743,00 para R$ 1.779,00, quando defendem que deveria estar em R$ 1.887,43 e, com a progressão em setembro, o vencimento somaria R$ 1.994,06.
Somando as perdas dos três anos, o Sisemp argumenta que este servidor já tem a receber, sem correção monetária, o valor de R$ 2.540,96.