O Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) reagiu à nota de esclarecimento de cinco entidade que defende a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que vincula os salários dos servidores aos ganhos dos desembargadores do Tribunal de Justiça (TJTO) – atualmente o teto é o vencimento do governador.
Data-base e progressões atrasadas são mais importantes
Em nota, o Sisepe faz um balanço de prioridades e avalia que “o mais importante” que o Estado conceda as datas-bases que estão atrasadas desde 2019 – que gerou uma defasagem salarial de 14,7% -, além das progressões atrasadas desde 2008. Conforme os cálculos da entidade, esta dívida já ultrapassa os R$ 2 bilhões.
Sociedade veria como imoral
O Sisepe até afirma reconhecer a reivindicação das entidades pela PEC do Teto, mas questiona o momento do debate. “ Temos a certeza de que se fosse aprovada, no momento em que o governo do Estado acumula uma dívida bilionária com os servidores efetivos, toda a sociedade veria tal atitude como um contrassenso e até um ato imoral por parte da gestão pública”, afirma.
Quase passando fome
Por fim, o sindicato volta a defender o foco nas categorias menos valorizadas. “Embora legítima a reivindicação dos colegas que desejam subir o teto salarial, a prioridade do governo, nesse momento, tem que ser os servidores públicos que ganham menos e que, hoje, são aproximadamente 33 mil tocantinenses, além de seus familiares. Não podemos beneficiar apenas 2% em detrimento de outros 98% que estão quase passando fome para conseguir sobreviver com o salário tão defasado”, dispara.