Na pandemia, devido à adaptação de diversas empresas ao digital, a necessidade de mais segurança nos sistemas computacionais se tornou imprescindível. De acordo com um estudo da companhia global de soluções de informações e insights de dados, TransUnion, o roubo de identidades on-line é o principal esquema de fraude digital em todo o mundo, nesse período.
Só no Brasil, em dezembro do ano passado, houve um aumento de 860% de tentativa de ataques hackers em empresas industriais, segundo levantamento feito pela empresa de segurança cibernética industrial TI Safe. Em relação às tentativas de roubos de dados pessoais ou financeiros, o País se encontra no ranking dos locais mais atingidos no mundo, de acordo com a pesquisa da empresa de segurança da informação, Kaspersky.
A jornalista de Palmas, Graziela Guardiola, foi uma das pessoas que sofreu uma tentativa de golpe. “Fui avisada por uma amiga que existia um WhatsApp que não era o meu, com outro número, mas com uma foto minha, pedindo depósitos. Depois desse ocorrido, estou ainda mais atenta, e fiz um combinado com amigos e família: antes de fazerem qualquer tipo de transferência, certificar primeiro, por ligação telefônica, se esse pedido foi feito por mim mesma”, contou.
Diante desse contexto tão desafiante, empresas e consumidores devem estar mais atentos à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “A legislação é nova, porém, abriu um leque de oportunidades para todos se protegerem. A LGPD atinge e beneficia todas as áreas de modo geral e alcançar seus objetivos é perceptível para um profundo amadurecimento de suas atividades de negócio e processos de segurança. No caso das empresas que se adequarem à LGPD, elas vão não apenas se destacar no mercado como vanguardistas da privacidade, mas também, ganhar em nível geral de segurança da informação e de governança de dados”, explicou a advogada e especialista em LGPD, Ana Carolina Ribeiro de Moraes Paulo.
A especialista também deu dicas de como se proteger, principalmente, nesse tempo de pandemia. “Para analisarmos se redes e aplicativos nos quais navegamos são confiáveis, basta procurarmos a política de privacidade, e os termos de uso. Com o uso dessas ferramentas conseguiremos avaliar melhor aquele ambiente em que estamos acessando sob o aspecto da existência de um nível de confiança aceitável para expor nossos dados pessoais”, finalizou.
LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece diretrizes importantes e obrigatórias para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. Ela foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigência em 2018 na União Europeia, trazendo grandes impactos para empresas e consumidores.
No Brasil, a LGPD (Lei nº 13.709, de 14/8/2018) entrou em vigor em 18 de setembro de 2020, representando um passo importante para o Brasil. Diante dos atuais casos de uso indevido, comercialização e vazamento de dados, as novas regras garantem a privacidade dos brasileiros, além de evitar entraves comerciais com outros países. (Da assessoria de imprensa)