O pastor evangélico José Neto é tocantinense de Miracema, morou em Palmas, mas há 13 anos se mudou para Portugal, onde viveu por 12 anos em Portimão e há um ano está em Lisboa. Ele contou ao quadro Entrevista a Distância que só há 20 dias Portugal começou a “acordar” para a gravidade da Covid-19, o novo coronavírus. As escolas, empresas, clínicas dentárias e igrejas fecharam. Nos supermercados, só se entra em duas ou três pessoas por vez, com grandes filas do lado de fora, com os consumidores se colocando a distância de 2 metros um do outro, com máscaras e luvas. “O contato humano diminui a cada dia”, relatou o pastor.
Lisboa vazia
Nesta quarta-feira, 18, Portugal contava 642 casos confirmados do novo coronavírus, 194 a mais do que havia na segunda-feira, 16. São 5.067 casos suspeitos e duas mortes registradas — uma delas Antônio Vieira Monteiro, presidente do Santander no país. João Neto contou que Lisboa está vazia, o transporte público passou a ser gratuito com a crise, mas poucas pessoas se arriscam a pegar os ônibus, os visitantes sumiram dos pontos turísticos e basicamente só funcionam hospitais, supermercados e farmácias, onde as filas são enormes.
Não sai nem entra
O pastor disse que as cidades estão sendo isoladas e a fronteira com a Espanha, onde a situação é ainda mais grave, já foi fechada. Ele contou que iria nesta quarta para Portimão, mas foi avisado que, a partir de meia-noite, quem estiver na cidade distante 300 km de Lisboa não poderá sair e quem estiver fora não entrará.
Esse vírus mata
Ele recomendou aos tocantinenses “muito cuidado”. “O quanto puder ficar dentro de sua casa, com a sua família, melhor. Esse vírus é sério e mata”, alertou.
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