A Secretaria da Saúde (Sesau) anunciou nesta quinta-feira, 23, que o Tocantins um total de 200 procedimentos de cateterismo pediátricos. O serviço foi implantado no Estado em 2020 e trata até dois terços das cardiopatias congênitas, em crianças que antes eram transferidas via Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e retardavam a logística para realização do procedimento. Somente nos dias 22 e 23 de maio, seis crianças que aguardavam na Central Estadual de Regulação (CER), foram atendidas no Hospital Geral de Palmas (HGP).
PROCEDIMENTO MENOS INVASIVO
A unidade conta com o Serviço de Hemodinâmica, que possui uma estrutura moderna utilizada pelos médicos hemodinamicistas especializados em cardiopatias congênitas, Paulo Correia Calamita e Jonathan Guimarães Lombardi. “Cerca de 200 crianças já passaram por esse procedimento que é feito no Tocantins, pelo Sistema Único de Saúde. Antes, pacientes que precisavam fazer esse tipo de correção, eram submetidos a uma cirurgia cardíaca de peito aberto, o que acarretava uma internação mais prolongada e com maiores taxas de complicações e hoje o procedimento, na maioria dos casos, é feito de forma menos invasiva”, ressaltou o médico cardiologista pediátrico e hemodinamicista especializado em cardiopatia congênita, Paulo Correia Calamita.
CENTRAL ESTADUAL DE REGULAÇÃO
A fila do Estado é preenchida com pacientes que têm todo o critério que vai desde a passagem por uma avaliação ambulatorial do cardiopediatra, que o insere na lista da CER. “Para estes pacientes, existem os cateterismos diagnósticos e os cateterismos terapêuticos. Os cateterismos diagnósticos, eles auxiliam conhecer bem a cardiopatia e fazer uma programação do melhor tratamento. Se esse paciente precisa de uma cirurgia de peito aberto, se esse paciente vai ter um seguimento clínico, entre outros. Já o cateterismo terapêutico é aquele que trata a cardiopatia congênita. Após este o procedimento, o paciente sai curado da cardiopatia, evitando uma cirurgia de tórax aberto”, acrescentou Calamita.