O secretário da Saúde do Tocantins, Edgar Tollini, concedeu entrevista à GloboNews no domingo, 17, para comentar a decisão de requisitar administrativamente 70% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede privada e de decretar lockdown (confinamento, em inglês) em 35 municípios do Estado. Medidas de fortalecimento do combate à proliferação da Covid-19 e da assistência aos contaminados pelo novo coronavírus.
Não dá para enfrentar Covid-19 sem ajuda do privado
Sobre o pedido de leitos da rede privada, Edgar Tollini conta que havia solicitado informações do quantitativo aos hospitais ainda em março e abril, tendo recebido a resposta de poucos. Após isto, o secretário alega ter sido surpreendido com a chegada de 17 pacientes de Covid-19 oriundos do Pará em Palmas para tratamento na rede particular na quinta-feira, 14, o que motivou a requisição. “Sem a ajuda do privado nós não conseguimos ter o enfrentamento com eficiência objetiva e com mais possibilidade de debelar esta situação”, admite.
Medida necessária para defender o tocantinense
Edgar Tollini reforçou a defenda da requisição. “Esta medida fez-se necessária para para proteger o cidadão tocantinense. Requisitamos administrativamente e chegamos ao número de 46 leitos nos entes privados. Deixamos 30% para que possam atender os convênios”, disse o secretário da Saúde. Somado aos 40 UTIs exclusivas para Covid-19 na rede pública, o Tocantins chega a 86 leitos.
Expectativa de uma adesão de 70%
Sobre o lockdown, o secretário explicou que o prazo de sete dias poderá ser prorrogado conforme o resultado da iniciativa. “Esperamos que com o lockdown tenhamos um número de casos decrescente durante esta semana. Sabemos dos problemas da situação socioeconômica das atividades comerciais, mas é importante que cada município que foi colocado dentro dessas medidas possam ter pelo menos 70% do cumprimento”, anotou.