Mesmo com todo o avanço da ciência e da medicina, algumas doenças seguem incuráveis. É o caso do glaucoma que, segundo a Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG), pode afetar 2,5 milhões de pessoas acima dos 40 anos no país e, apesar de ser mais comum nessa faixa etária, também pode aparecer em qualquer outra fase da vida. Um mal que age silenciosamente, mas com graves consequências, sendo a principal causa de cegueira permanente.
A doença provoca lesão progressiva do nervo óptico evoluindo com perda do campo de visão do paciente. Para o médico oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas, Dr. Pedro Kalil Monteiro De Castro, o problema está no fato de as pessoas só buscarem acompanhamento médico quando a doença está bem avançada e começam a notar que há algo errado. “O glaucoma começa assintomático. Se o paciente não tem o costume de fazer um check-up oftalmológico, fica quase impossível descobrir a doença cedo”, afirma. Ainda de acordo com a SBG, 70% dos brasileiros que têm glaucoma não sabem disso e, por isso, estão sujeitos a ficarem cegos.
No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que cerca de 64,3 milhões de pessoas, entre 40 e 80 anos, sofram de glaucoma. O que preocupa ainda mais é que a projeção é de que, até 2040, esse número aumente para 111,8 milhões. Ou seja, com tanta informação na internet e em tantos outros meios de comunicação, a população ainda não se atentou para a gravidade do problema. Por isso, a campanha Maio Verde chama a atenção para o combate à doença.
Segundo o oftalmologista Dr. Pedro Kalil, os principais fatores de risco da doença são a pressão intra-ocular elevada e a hereditariedade. Fora isso, pessoas negras, diabéticas, hipertensos ou míopes também são mais propensos. Apesar de não ter cura, quando o diagnóstico é feito em tempo hábil, a doença pode ser controlada e nunca evoluir para a cegueira. Nos casos mais simples, a aplicação contínua de um colírio consegue controlar a pressão do olho, em outras situações, pode ser preciso o uso de laser ou a realização de procedimento cirúrgico. O melhor tratamento para cada caso será determinado pelo médico oftalmologista do paciente. (Da assessoria de imprensa)