O pré-lançamento da exposição fotográfica “A Passagem”, que documenta os ritos de passagem de batismos indígenas do Tocantins, acontece neste sábado, 9, no campus da Unitins em Augustinópolis. O produtor cultural e fotógrafo Manoel Júnior informou que o lançamento oficial será realizado dia 9 de setembro, na unidade de Palmas da instituição. A exposição percorrerá diversas cidades tocantinenses. “O projeto apresenta uma abordagem inovadora para documentar e preservar as tradições ancestrais dos povos originários tocantinenses”, contou.
TRÊS TIPOS DE BATISMO INDÍGENA
Segundo o fotógrafo, o projeto foi realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PAAR 2024), por meio do Ministério da Cultura (MinC) e operacionalizado pela Secretaria da Cultura do Tocantins (Secult). A exposição fotográfica descreve três tipos de batismo indígena: Hetohoky, Hèrèrawo e Ketuwayê, composta por 15 imagens e cinco fotolivros que retratam a profundidade espiritual e social desses rituais.
“REPRESENTAM MOMENTOS DE RECONEXÃO COM AS ORIGENS”
“Por meio de uma metodologia fotoetnográfica, o projeto documenta cerimônias de batismo realizadas por povos indígenas do Tocantins, evidenciando a importância social e espiritual desses ritos milenares. Os ritos de passagem representam momentos de reconexão com as origens, em que os participantes recebem novos nomes que refletem sua personalidade e função dentro da estrutura comunitária”, explicou Manoel Junior.
“BUSCA SENSIBILIZAR A SOCIEDADE SOBRE A RIQUEZA CULTURAL INDÍGENA”
De acordo com o produtor cultural, a documentação vai além do registro histórico. “Busca sensibilizar a sociedade sobre a riqueza cultural indígena e combater preconceitos por meio da educação visual. O material produzido oferece contribuições valiosas para a antropologia visual e constitui um registro detalhado das práticas sociais, religiosas e culturais dos povos originários do Tocantins”, ressaltou
“PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO”
Manoel Júnior argumenta que o projeto visa fortalecer o reconhecimento dos povos indígenas tocantinenses, validando suas práticas ancestrais e promovendo maior compreensão sobre a diversidade cultural brasileira. “A iniciativa representa uma importante ferramenta para o diálogo intercultural e para a preservação do patrimônio imaterial nacional”, finalizou.