A vida na nova cidade é um vai-e-vem constante.
Tal qual no fole de uma sanfona, aspiramos e espiramos notas de esperanças, amor e dor.
Dos traçados assimétricos das pranchetas; alamedas e quadras edificam os sonhos e sentimento de orgulho da tarefa concluída. São como notas da sanfona da vida oferecendo ritmo e melodia aos moradores da Capital.
Harmonia, tradição, saudade e alegria da concertina que guardamos nas memórias da infância. Essa caixa alegre, criativa que nas mãos habilidosas dos sanfoneiros proporcionam paz e uma viagem as feiras, aos cheiros e sabores das iguarias sertanejas.
Tudo é saudade e orgulho ao lembrar da poeira vermelha, da brisa quente, cujo calor era amenizado no sopro de vida de várias sanfonas e sanfoneiros anônimos.
Seja no Forró Pé de Serra ou no canto triste da Asa Branca que busca oportunidades neste cerrado de esperanças, somos todos parte do coral da esperança, a soprar brisas e foles por uma vida digna, justa e solidária.
Em Palmas a orquestra do futuro promissor se completa na suavidade sonora do abre e fecha da sanfona coletiva. Essa tarefa é de todos, sejam sanfoneiros ou amantes das coisas simples da vida.
EDSON CABRAL
É administrador e membro da Academia Palmense de Letras.
ecabral.to@gmail.com