Para nos tornarmos pessoas verdadeiras, é necessário sabermos ou aprendermos associar-nos aos mais próximos que a vida colocou em nossos caminhos e os principais deles estão em nossa própria família, parentes e amigos. É muito eficaz o convívio com eles, as suas companhias podem realizar maravilhas. Hábitos, gestos e até a inteligência se comunicam por esse caminho sem que, às vezes, nem percebamos.
Procure, pois, o decidido juntar-se ao hesitante; os mais inteligentes aos menos inteligentes; os sábios aos menos conhecedores e, assim, como em todos os demais tipos de temperamentos. Daí virá o equilíbrio sem revoltas conosco mesmo ou com os outros. Para nos adaptarmos à realidade que vivemos é preciso ter muita habilidade para aceitarmos a nossa própria condição real.
A convivência com as pessoas boas e pessoas más, só os sábios conseguem tolerá-las pois estes sabem que os opostos se atraem e sustentam o mundo, e na convivência humana causa uma harmonia ainda maior do que no universo. A comunicação de extremos produz um discreto e valioso convívio. Se assim não for encontraremos pessoas com temperamentos selvagens que transformam tudo em críticas ou crime, não por paixão, mas devido à própria natureza de revoltados consigo mesmo. Condenam a todos. Alguns pelo que fizeram, outros pelo que farão. O que indica um espírito pior que cruel, realmente vil e sem caráter. Criticam os outros com tal exagero que transformam a animosidade em ódio. Quando dominados pela paixão, que geralmente é leviana, levam tudo a extremos.
Ao contrário dos que são bondosos, pois para esses sempre existe um atenuante e os outros sempre têm boas intenções ou erram sem maldade.
Para uma verdadeira e autêntica pessoa, é regra abandonar as coisas antes de ser abandonado por elas. Devemos fazer até de nossas derrotas ou percalços, exemplos para as futuras vitórias e conquistas.
Que a prepotência e a arrogância se afastem de nós antes que seja tarde demais e a verdade nos maltrate impiedosamente. Só assim amealharemos parentes e amigos e aprenderemos a ver todos como boas pessoas, independentemente de suas fraquezas. E tanto aqueles como estes, farão nossos dias mais amenos. Para a família, parente ou amigo, toda a família, parentes e os amigos são bons. Entre esses tudo acaba bem.
As pessoas valem tanto quanto os outros a querem e para que nos queiram, devemos ganhar-lhes o coração através da mansidão, compreensão e paz. Nada conquista tanto como servir aos outros e a melhor maneira de ganhar a família, parentes e amigos é agindo como amigo. O máximo e o melhor que temos depende dos outros. Devemos viver e conviver com a família, parentes ou não parentes, com amigos ou inimigos. Procuremos ganhar membros da família, um parente e um amigo a cada dia, se não como íntimos, ao menos pela consideração que conseguimos ter por cada um.
Escolhamos muitos que sobrarão alguns para confidentes. Mas tudo isso só será possível e aplicável na vida quando estamos em paz conosco mesmo ou aprendemos a valorizar aqueles que estão mais próximos de nós. Mas sou obrigado a entender, também, que para aprendermos a vê-los assim, só quando tivermos arraigados em nossos corações um dos sentimentos mais nobres: A gratidão. Sentimento que deve ser perpetuado, principalmente em relação aos nossos pais, irmãos(ãs), cunhados(as), tios(as), sobrinhos(as), primos(as) ou qualquer um outro que muito sacrifício tenha feito em função do nosso bem-estar ou realização profissional ou pessoal.
Assim, podemos concluir que a família a qual pertencemos, os nossos parentes, independente do grau e os amigos que temos, indistintamente, são dádivas em nossas vidas.
“Quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que veja!”
JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA
É poeta, escritor e advogado; membro-fundador da Academia de Letras de Dianópolis.
candido.povoa23@gmail.com