Como tenho afirmado e reafirmado neste espaço, que por bondade do seu idealizador abre oportunidades para minhas colocações, assertivas, questionamentos e às vezes até para devaneios poéticos, devo aqui dizer que a partir de determinado dia há doze anos, quando passei por momentos difíceis por questão de saúde, elegi como uma das metas de vida, aprofundar-me no estudo e busca do possível entendimento das Leis Maiores que são imutáveis pela intervenção humana.
Mesmo com o esforço de muitas pessoas que tentam isso todos os dias, com a consciência que tenho de uma pequena noção dessa quase impossibilidade, uma vez que essas leis fazem parte da própria dinâmica da vida em si e emanam da Suprema Sabedoria e mesmo que o ser humano atinja o que pensa ser o mais alto nível de conhecimento científico, existem detalhes que nunca serão explicados nessa ínfima terceira dimensão em que vivemos.
Mas tenho fé, o que gera minha convicção, de que um dia em outras dimensões maiores poderemos desvendar os mistérios que cabem ser revelados aos espíritos superiores.
E a propósito do preâmbulo deste artigo e do momento em que todos vivemos, é oportuno trazer aqui o que nos ensina a Espiritualidade Superior, quando nos afirma que enquanto aguardamos ansiosos a descoberta de uma vacina que nos imunize contra o vírus que atordoa a humanidade, que não nos esqueçamos da imunização espiritual que se alcança com a vivência dos princípios ensinados pelo Mestre de Nazaré.
A imunização do espírito precede a do corpo físico, que nada mais é do que o espelho da nossa alma. Quanto mais o homem se inferioriza, mas ele se fragiliza. Quanto mais ele se espiritualiza, mais ele se imuniza.
Embora distantes da imunologia perfeita, dada à condição evolutiva da humanidade, uma vez que vivemos num planeta de regeneração para nossa futura evolução espiritual, pois ainda caracterizada pelas paixões, decorrentes do orgulho e do egoísmo, as quais criam o campo mórbido favorável para a instalação da maioria das patologias médicas, psicológicas e espirituais, o homem precisará, ainda, de muitas vacinas até alcançar a saúde integral do espírito.
Enquanto isso, continuemos orientados quanto à necessidade de cuidarmos do corpo e do espírito. Atendendo as orientações da medicina da Terra, no que tange ao plano físico e material, mas, sobretudo, não esquecendo da medicina Suprema através do uso diário dos remédios da oração, do amor, da humildade, do perdão, da caridade e da compaixão.
Vacinemos o corpo sim, mas não nos esqueçamos, porém de vacinarmos a alma, pois esta é a pedra angular de uma imprescindível imunização.
“Quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que veja!”
JOSÉ CÂNDIDO PÓVOA
É poeta, escritor e advogado. Membro fundador e titular da cadeira nº 12 da Academia de Letras de Dianópolis (GO/TO), sua terra natal.
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