Seja pelos trabalhos sociais e promoção humana, histórias de vida, laços pessoais e profissionais ou, apenas, pelo emblemático casarão à vista localizado na “Rua do Cabaçaco”, a ComSaúde (Comunidade de Saúde, Desenvolvimento e Educação) hoje faz parte da identidade portuense. Nem todo mundo sabe como foi construída a história da instituição, que figura uma das mais antigas do país, e que vai completar 50 anos de existência na segunda-feira, 10.
Para relembrar e registrar essa trajetória será lançado na sexta-feira, 7, às 12 horas, no Centro de Convenções Vicente de Paula Oliveira, na orla da cidade. Um documentário sobre as cinco décadas da instituição, resgatando o passado e projetando um futuro de desafios e oportunidades para o desenvolvimento comunitário.
O filme “Meio Século” faz parte da programação de comemoração dos 50 anos da instituição, que acontece desta sexta a segunda-feira. Com 30 minutos de duração, o trabalho foi produzido pelo Idearte – Núcleo de Produção Audiovisual de Porto Nacional, considerado um dos dez maiores do mundo especializados em registro de patrimônio material e imaterial.
O filme retrata com depoimentos dos fundadores e de pessoas que contribuíram para a consolidação dessa valorosa entidade brasileira. Para mostrar essa história, o cineasta João Luiz Neiva, um dos diretores do Idearte, precisou “viajar” até 1969, quando então a ComSaúde foi fundada.
Para o cineasta, são 50 anos de uma história muita rica que buscou trazer, de forma documental, uma dose necessária de emoção. “Meio Século é um filme que retrata, no sentido mais condensado, a história de cinquenta anos dessa instituição, toda sua trajetória desde 1969 até agora”, disse.
“Trouxemos as reminiscências, com depoimentos de pessoas que participaram do processo de fundação e do processo de continuidade dessa instituição. A participação de antigas artesãs que hoje são pessoas já de muita idade, trazendo um testemunho que reforça a identidade da ComSaúde, que é respeitadíssima no Brasil e no exterior”, avaliou João Luiz Neiva.
“O que dinamizou todo o trabalho naquela época foram as reuniões realizadas nos bairros para conhecer as pessoas, e descobrir o que elas sabiam fazer. Era um assunto muito difícil de ser tratado, porque todo mundo dizia que não sabia fazer nada. Depois, aos poucos, víamos que um fazia panela, outro fazia picolé, as mulheres sabiam costurar, e esse “saber fazer” era muito pouco valorizado”, lembrou Edith Lotufo, uma das fundadoras da ComSaúde.
A médica Heloísa Lotufo Manzano disse que “nos primeiros anos, a equipe trabalhava muito nos postos de saúde dos bairros” de Porto Nacional.
A artesã Romualda Furtado disse que morava no Ribeirão dos Potes, e começou com o Marcos e a Edith Lotufo, a trabalhar com barro. “E foi nesse tempo que levamos esse trabalho para a ComSaúde”, lembrou a artesã.
“O documentário “Meio Século” será disponibilizado em nosso canal no Youtube Idearte Audiovisual. As pessoas, de qualquer lugar do planeta, podem acessar o filme. Vamos apresentar uma versão em português, inglês e em libras”, observou João Luiz Neiva, um dos diretores do Idearte. (Com informações das assessorias)