A equipe do Programa Criança Feliz (PCF) de Tocantinia, a cerca de 90 km da capital Palmas, apresentou algumas de suas práticas com o Programa, nessa terça-feira, 1°, em Brasília (DF), durante um evento internacional promovido pelo Ministério da Cidadania. O município tocantinense foi um dos cinco brasileiros selecionados; as outras cidades foram Esteio (RS), Sabará (MG), Iguaracy (PE) e Corumbá (MS).
O Programa Criança Feliz é uma iniciativa do Governo Federal, com gestão compartilhada com o Governo do Tocantins e municípios. No Tocantins o programa é coordenado pela Secretaria Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e municípios.
A Coordenadora Estadual do Programa Criança Feliz no Tocantins, Katilvânia de Souza Guedes, disse que a escolha de Tocantínia se explica pelo fato de que 95 das 180 famílias atendidas pelo PCF são indígenas e 70% das visitas, antes da pandemia aconteciam dentro das aldeias. “Seis equipes do PCF atendem 28 das 90 aldeias da região. O município foi também o primeiro no Brasil a realizar as visitas de atendimento à primeira infância nas comunidades indígenas, e esse atendimento é realizado por visitadora também indígena; o que faz toda a diferença”, afirmou ela.
Katilvânia ressalta que durante a pandemia o desafio para as equipes foi dar continuidade e manter o nível do atendimento às famílias nas aldeias. “As parcerias com as equipes da Saúde e da Funai tornaram possíveis os atendimentos, sendo que alguns foram de modo virtual e outros puderam acontecer presencialmente; todos realizados por visitadora indígena e respeitadas as singularidades das famílias”, reforçou ela.
A coordenadora se refere ao fato de que os encontros acontecem em língua nativa, e em respeito à cultura local, todos os brinquedos são originados da natureza e a matéria prima é encontrada no cerrado.
Apresentação
Com o título Tocantínia/TO: O impacto da visita domiciliar do Programa Criança Feliz para o público atendido: relato de atendimento à povos e comunidades tradicionais, a apresentação contou com a participação da visitadora do PCF Elisabete da Silva Xerente, que falou do atendimento prestado aos povos e comunidades tradicionais antes e durante a pandemia.
O evento
O III Seminário Internacional – A Qualificação das Ações do Programa Criança Feliz e o impacto nas políticas de atendimento à primeira infância: desafios e oportunidades, que prossegue até a quinta-feira, 3, é promovido pelo Ministério da Cidadania conta com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), de 12 países do Programa Conjunto Fundo Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, do Banco Mundial e de fundações ligadas à infância, além de coordenadores estaduais e parceiros do programa Criança Feliz, governadores e secretários estaduais e municipais de Assistência Social.
O objetivo do seminário é propor estratégias estruturais para a promoção do desenvolvimento infantil e do fortalecimento de vínculos, por meio da qualificação das ações do PCF, levando em consideração os diferentes contextos socioeconômicos, geográficos e culturais.
Programação
Nesta quarta-feira, uma mesa especial, com participação do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação Bernard Van Leer, Fundação Lego, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a ONU, trata da importância de se investir no desenvolvimento da primeira infância.
Na quinta-feira, será promovida uma plenária com os participantes das mesas de trabalho nacionais e internacionais, com apresentação pela relatoria do que foi discutido.
O evento conta com diversas mesas temáticas, que são transmitidas ao vivo pela internet por meio do canal do Ministério da Cidadania no Youtube: https://www.youtube.com/c/MinistériodaCidadania.
Criança Feliz
O programa Criança Feliz completou quatro anos em outubro e já fez mais de um milhão de visitas. São mais de 898 mil crianças, 881 mil famílias e 202 mil gestantes atendidas em 2.783 municípios de todas as unidades federativas do Brasil.
O programa foca no desenvolvimento integral das crianças brasileiras, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O principal objetivo é assegurar, com estratégias de visitação familiar, as condições para que elas desenvolvam seus potenciais.
A visitação atende famílias com gestantes e/ou crianças de até três anos de idade; no caso de crianças em situação de extrema pobreza ou necessidades especiais, o apoio se estende até os seis anos de idade. (Da assessoria de imprensa)