A Federação do Comércio do Estado (Fecomércio) divulgou nota em que diz que apoia a posição da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),que defende que é possível manter o funcionamento do comércio formal, desde que sejam cumpridos todos os protocolos sanitários. Para a CNC, a CNC entende que a maioria dos estabelecimentos comerciais e de serviços tem cumprido os protocolos de prevenção à Covid-19. “O setor vem investindo nas adequações sanitárias e não permite aglomerações. Por isso, fechar o comércio, como tem sido feito em cidades e estados brasileiros, ou mesmo reduzir o horário de funcionamento – gerando horários de pico – não são soluções para diminuir o crescente contágio”, afirma a nota da Fecomércio-TO.
Se colocou contra
A divulgação da nota de apoio ocorre no mesmo dia em que a Prefeitura de Palmas anunciou o fechamento do comércio entre sábado, 6, e o dia 16, para conter o avanço da Covid-19. Na reunião que a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) fez com as entidades empresariais na terça-feira, 2, a Fecomércio já havia se colocado contra o fechamento do setor.
Simultaneamente
A CNC diz que compreender que o número crescente de vítimas mantém a crise em cenário agravado, mas acredita que a preservação da atividade econômica e os cuidados com a vida e com a saúde podem acontecer simultaneamente. “Diante desse cenário, a confederação pede às autoridades que foquem os recursos e energia na fiscalização de aglomerações indevidas, como no caso de festas clandestinas e, aos governos, que entendam a necessidade de mitigar também os danos sociais e econômicos, permitindo o funcionamento responsável de um setor que é a base da economia e que não pode parar”, defende a entidade.
Brasil perdeu 75 mil lojas em 2020
A CNC apresentou levantamento recente sobre o impacto da pandemia no setor do comércio. Segundo a confederação, mais de 75 mil lojas fecharam as portas no Brasil em 2020. A retração é a maior desde 2016, quando o comércio ainda sofria os efeitos da maior recessão da história recente do País. Além disso, no ano passado o varejo brasileiro ainda sofreu com a queda das vendas (-1,5%) e do nível de ocupação (-25,7 mil vagas formais).