Após mais de um ano de pandemia e cerca de 400 mil mortes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira, 28, que o governo federal vai anunciar “em breve” um programa de testagem contra o novo coronavírus.
Essa medida é recomendada por epidemiologistas e organizações sanitárias internacionais desde a primeira metade de 2020 para monitorar a pandemia. Com testagem em massa, é possível, por exemplo, aplicar medidas de restrição localizadas, ao invés de colocar estados ou países inteiros em quarentena.
“Em breve, anunciaremos um programa de testagem da população com antígeno, para que possamos adotar uma política melhor de quarentena para esses indivíduos afetados pela Covid”, disse Queiroga em pronunciamento nesta quarta-feira.
A falha na implantação da testagem contra o novo coronavírus é uma das 23 acusações que podem ser feitas contra o governo de Jair Bolsonaro na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, segundo lista preparada pela própria Casa Civil.
De acordo com a plataforma “Covid-19 no Brasil”, já foram realizados cerca de 43 milhões de testes no Brasil, mas esse número inclui exames PCR, de antígenos e sorológicos. Para efeito de comparação, a Itália, com uma população 3,5 vezes menor, fez 45 milhões de testes PCR, tido como “padrão ouro” para diagnosticar a doença.
Quando se leva em conta também os exames rápidos de antígeno, o número sobe para quase 58 milhões. Testes sorológicos não são contabilizados para fins estatísticos na Itália.