A Rede de Pesquisa Solidária (RPS) divulgou na sexta-feira, 9, o Índice de Segurança do Retorno às Aulas Presenciais (ISRAP). O estudo avalia oito políticas de combate à proliferação da Covid-19, sendo: máscaras, ventilação, imunização e testagem, pontos classificados de alta complexidade; e transporte, ensino remoto, distanciamento físico e higiene, quesito de peso médio. Palmas foi o destaque entre as capitais, chegando a 74,2 dos 100 pontos. Já o Tocantins ficou na 16ª posição entre os Estados, com uma pontuação de 60,7 de ISRAP.
Melhor nota entre as Capitais
Na liderança, Palmas conseguiu um índice 26,3 pontos superior à média das capitais [47,9] e 33,6 pontos a mais do que o atingido pelo governo federal [33,6]. Os dados analisados pela RPS foram coletados entre 1° de janeiro e 21 de junho deste ano. Secretária da Educação, Clezinir dos Santos comemorou o desempenho do município e exaltou a postura da equipe. “Sobre a pesquisa, estamos felizes em ver que os esforços dos profissionais da educação em seguir todas as recomendações dos órgãos de saúde nos permitiram conquistar esse destaque”, pontua.
Formato híbrido
Apesar da boa avaliação, a secretária municipal adota um tom de cautela. O Plano de Retomada das Aulas da Capital ainda prevê o retorno das aulas em formato híbrido – remoto e presencial – e destaca que a liberação dependerá do cenário epidemiológico e da aprovação dos órgãos de saúde. “Com a vacinação dos profissionais da Educação sentimos mais segurança para um possível retorno presencial, de forma híbrida. O foco da secretaria é na aprendizagem dos alunos, além de investir em tecnologias que possam auxiliar na oferta de um ensino de qualidade”, reforça.
No meio da tabela, mas acima de média
Já a rede tocantinense de ensino ficou na 16ª posição entre os estados. Entretanto, o índice de 60,7 ainda é maior do que a média das unidades da federação [56,8] e do próprio plano sugerido pelo governo federal [40,36]. Sergipe [77,3], Ceará [76,9] e Pernambuco [76,4] tiveram os melhores desempenhos, enquanto Rio de Janeiro [38,8], Roraima [20,1] e Amapá [17,6], os piores.
Governo federal não cumpre responsabilidade de coordenar
A baixa nota do governo federal no ISRAP é resultado de um protocolo para o retorno presencial com regras menos rígidas do que aquelas presentes na maioria dos protocolos estaduais e municipais. “O que indica não cumpre sua responsabilidade de coordenar, baseado em evidências técnico- científicas, o debate permanente sobre protocolos que permitiriam volta às aulas presenciais mais seguras nas redes de ensino”, conclui o estudo da RPS