O líder do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes (MDB), concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira, 28, ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, para comentar a mais recente reforma ministerial do governo federal, sendo a principal mudança a ida do também senador e presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, para a Casa Civil.
Momento exige proximidade maior dos partidos
Sobre esta alteração, Eduardo Gomes afirma que a reforma deve-se à atual necessidade de diálogo com a Câmara e o Senado. “A gente sente que é um novo momento do governo que exige uma proximidade maior dos partidos, do que vai se desenhar para o próximo ano, acho que muda este ambiente. O senador Ciro Nogueira tem este perfil de liderança, porque é presidente de um grande partido e já está há 20 anos no Congresso Nacional”, comenta.
Alterações nos ministérios deve mirar em 2022
O tocantinense ainda negou haver incômodo do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e de outras siglas com o espaço dado ao Progressistas no governo federal e sugere que as alterações no primeiro escalão podem passar pelas eleições. “Acho que a interlocução política de maior experiência não deve causar este efeito. Pode ser que seja um momento do governo em que partidos que já votam junto com o presidente, já acompanharam os projetos do governo federal neste últimos dois anos, tenham um espaço maior do governo. Ao invés de ser uma coisa ligada diretamente a um partido específico, abre-se uma perspectiva de parceria política, inclusive para 2022”, comentou.
MDB se reúne para discutir participação no governo
Apesar de negar incômodo, Eduardo Gomes afirma que os emedebistas vão se reunir para definir o posicionamento diante do Palácio do Planalto brevemente. O nome do tocantinense é sugerido para a Secretaria de Governo. “Falamos sobre a questão da participação. O que nós entendemos é que o MDB vai se reunir nos próximos dias. No Senado fomos a 16 senadores, a maior bancada, com um espaço grande sobre o 2º partido. O MDB, como partido plural e democrático, deve discutir se vai ficar independente, no governo ou se cria uma outra linha. A gente vai aguardar a reunião para ver o que se decide”, revelou.
Outros temas
Eduardo Gomes ainda projetou o foco do Congresso Nacional nas reformas administrativa e tributária no 2º semestre, garantiu que o fundo para financiamento de campanhas não irá ficar nos R$ 6 bilhões e aproveitou para defender o antigo sistema, que permitia as doações. “Nas maiores democracias há um sistema mais seguro de arrecadação através da internet, de ampliar o volume de doações com valores menores, o que evitaria problemas do passado. A gente deve estudar os exemplos que tem dado certo em alguns lugares do mundo”, argumentou.
Veja a íntegra da entrevista: