Nunca imaginei nem em meus piores sonhos que viveríamos tanto retrocesso. Jamais vislumbrei que veríamos nosso país voltar a ser como era no início da década de 1990 e, muito menos, ver pessoas gostando de tudo o que está acontecendo. Chego à conclusão de que o brasileiro não aprendeu nada com tudo o que já viveu.
Ataques à educação e seu sucateamento têm se tornado umas das principais agendas do atual governo federal, que ainda não acertou e que está mais para inimigo do que para amigo. Pior ainda: em nosso país há muitas crianças com e, até mesmo, sem deficiência fora da escola.
Como venho falando, falando, nossa representatividade é quase zero. Colocam pessoas que não têm deficiência alguma para falar por nós, dando-nos espaços pequenos nas falas e nas audiências públicas. Senhoras e senhores da política e das demais áreas, por gentileza, chamem as pessoas com deficiência para debater o que é mais importante para elas!
Para se ter como exemplo, recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) fez uma audiência pública para discutir o Decreto 10.502/2020, que institui a “Educação Especial” para pessoas com deficiência. Diga-se de passagem, esse decreto deve de pronto ser revogado, haja vista não objetivar a inclusão, não respeitar as diferenças e não dar liberdade de escolha aos pais quanto a onde matricularem seus filhos.
Finalizo com um recado ao Ministro da Educação, Milton Ribeiro: espero que o senhor responda por suas palavras preconceituosas, pois aluno com deficiência em nada atrapalha. O que atrapalha é um governo ineficiente como esse que estamos vivendo, mas que logo vai passar antes que acabe com o nosso Brasil.
Estudei com todos e não atrapalhei, “talkey”?
AGNALDO QUINTINO
É administrador, empreendedor educacional, palestrante, gago, surdo e feliz
quintino153@gmail.com