O jornalista Octavio Guedes afirmou em seu blog no G1 que lobista Marconny Albernaz Faria “vendeu” por R$ 400 mil a indicação de Márcio Roberto Teixeira Nunes para um cargo no Instituto Evandro Chagas, no Pará, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Segundo Guedes, Márcio fez os pagamentos para a empresa de Marconny, foi nomeado e acabou preso num escândalo de propinas que envolveu R$ 1,6 milhão. O jornalista contou que o lobista usou até o nome do vice-presidente Hamilton Mourão para convencer Márcio a fazer os desembolsos.
R$ 40 mil de incentivo
Marconny ainda se chegou a se encontrar com Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro em busca para nomeação para o seu cliente. Para encontrar a advogada, disse Guedes, Marconny cobrou um incentivo de R$ 40 mil, segundo mensagens trocadas por WhatsApp.
Família Bolsonaro como ponte
O jornalista disse que a CPI já sabe que, além de Karina, Marconny tinha outras duas pontes com o governo: o filho 04, Jair Renan, e a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. Outro seria um senador, cujo nome não revelou. “Não revelou, mas a CPI, com certeza, vai chegar a este nome”, garantiu o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues.