O governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido) reuniu-se na manhã desta quinta-feira, 25, com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; e o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, para tratar da implantação do serviço de radioterapia no Hospital de Amor, na Capital. A reunião ocorreu em Brasília e contou com a presença do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e de Hercy Filho, que comanda a Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa do Tocantins (Adetuc).
Tratamento será mais eficaz
Wanderlei Barbosa reforçou a intenção de conceder a máquina de radioterapia do plano de expansão do governo federal à Fundação Pio XII, garantia já dada pelo governador afastado Mauro Carlesse (PSL) após bastante atrito. “A nossa visita ao Ministério da Saúde, junto com o doutor Henrique Prata, é para tratarmos dessa questão de possibilitar ao cidadão tocantinense, um tratamento mais próximo de sua residência, levando esse serviço para o Hospital de Amor. Esse tratamento será de forma mais eficaz e nós vamos obter muito mais sucesso e salvar mais vidas, com fé em Deus, e proporcionar a essas pessoas que hoje estão se tratando em Barretos, um tratamento mais perto de casa, já a partir de março”, afirma o gestor.
HGP poderá aumentar atendimento
Conforme o governador interino, o ministro Marcelo Queiroga “concorda que o atendimento no Hospital de Amor vai ser a melhor solução por ter um serviço de excelência”. “Então essa agenda foi importantíssima para saúde do Estado, o Hospital Geral de Palmas também poderá aumentar o seu atendimento, porque a ala inteira da oncologia irá para o Hospital de Amor, melhorando os serviços de saúde aos pacientes”, pondera Wanderlei Barbosa;
Liberação de emendas para Fundação Pio XII
Na ocasião, Wanderlei Barbosa assegurou ao presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, que o Estado vai liberar os R$ 9,921 milhões referentes às emendas impositivas estaduais o mais breve possível. “São emendas destinadas pelos nossos deputados estaduais e que nós, enquanto governo, temos que liberar para que esse recurso seja investido no Hospital de Amor e que resultará na melhoria dos serviços prestados à população tocantinense”, comenta.
Histórico de atrito
O acordo entre a Fundação Pio XII e o Palácio Araguaia acontece depois de um histórico de atrito. Em maio deste ano, Henrique Prata acusou o Estado de “traição” justamente por supostamente ter tirado do Hospital do Amor o acelerador linear previsto neste plano de expansão do SUS. O desabafo veio com duras críticas ao ex-secretário Edgar Tollini e aos serviços prestados ao HGP. “Surpreendentemente, o secretário pediu para voltar o aparelho para o hospital do Estado. Uma irresponsabilidade, uma atitude politiqueira, demagoga, instalar um aparelho de radioterapia em um serviço de medicina geral, que mal dá conta de fazer o que deve ser feito. Quando visitei não fazia nem metade do que deveria”, disparou. O episódio gerou nota de desagravo do Conselho Regional de Medicina a médicos tocantinenses. O governo estadual sempre negou interferência, justificando que o critério para distribuição do equipamento era do MS.