O ex-ministro Antonio Palocci, detido em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato desde setembro de 2016, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, informou na quinta-feira, 26, o jornal O Globo.
De acordo com a publicação, a decisão deve ser homologada nas próximas semanas. A negociação ocorreu depois que Palocci tentou, sem sucesso, colaborar com procuradores do Ministério Público Federal. No entanto, ainda não sabe-se qual será os benefícios que ele receberá.
Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro em junho do ano passado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso envolvendo contratos com a empreiteira brasileira Odebrecht.
Ainda segundo o jornal, os investigadores já teriam colhido os depoimentos do ex-ministro, que revelou que levava pessoalmente dinheiro originado de propina para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como parte do esquema de corrupção.
Palocci foi ministro da Fazenda no governo de Lula e da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff. Recentemente, ele teve um pedido de habeas corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sete votos a quatro. No julgamento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção de sua prisão.