Os secretários da Saúde do Tocantins, Afonso Piva, e da Capital, Thiago de Paula Marconi, compareceram à reunião promovida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) para tratar da regulação de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para o Hospital Geral de Palmas (HGP). O tema capitaneou um embate entre Palácio Araguaia e Paço. O encontro discutiu os gargalos de ambos os entes e terminou por criar um grupo que será responsável identificar os problemas no sistema e sugerir melhorias.
COMISSÃO COM MEMBROS DO HGP, REGULAÇÃO, MUNICÍPIO E CRM
O conselheiro federal Estevam Rivello falou sobre a iniciativa. “O conjunto de informações [levantadas na reunião] gerou a necessidade da implantação e criação de um grupo composto por três médicos da estrutura municipal, três da regulação do Estado, dois do HGP e um do CRM para mostrar e detalhar quais os pontos precisam ser implementados de melhoria para que a gente construa um serviço de regulação mais estruturado, um atendimento intermediário de urgência e emergência mais implementado e que faça com que o usuário seja mais bem recepcionado”, esclareceu.
MELHORAR TRIAGEM
Estevam Rivello destaca que a reunião já serviu para elencar pontos a serem melhorados ou corrigidos. Em relação a Palmas, o CRM defendeu a necessidade de estruturação dos laboratórios e do serviço de triagem. “Para que sejam recepcionados [nas UPAs], preferencialmente, os pacientes amarelos e vermelhos, e que os azuis e algumas características verdes sejam referenciados ao Programa Saúde da Família (PSF). Com isto a gente reduz o número de atendimento, diminui o estresse e o gasto junto à urgência e emergência, e eventuais erros que possam acontecer”, disse. Conforme o conselheiro, Thiago de Paula Marconi se comprometeu a preparar Unidades Básicas de Saúde (UBS) para realizar procedimentos como suturas e medicamentos injetáveis como forma de diminuir o fluxo das UPAs.
COMPLEXO REGULAR COM MAIS PROFISSIONAIS
Quanto ao Estado, o conselho sugeriu um complexo regulador com mais médicos. “A demanda é extremamente grande, e um profissional não está conseguindo, a contento, fazer esse serviço”, pontuou Estevam Rivello. Ainda foi cobrado um sistema com maior nível de segurança jurídica, com assinatura digitalizada e procedimentos eletrônicos para garantir segurança de quem solicita a vaga e quem faz a avaliação. O conselheiro também reforçou que o governo estadual precisa responder quando acionado sobre remoção, não necessariamente liberando vagas no HGP. “Mas garantindo o acesso dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) – em outros hospitais estaduais – ou até mesmo em contratação direta de serviço suplementar”, argumentou.
AVALIAÇÃO POSITIVA
Estevam Rivello comemorou o resultado da reunião. “A gente entende que foi um momento muito brilhante, porque o conselho conseguiu contingenciar e fazer com que esses dois entes sentem, conversem e solucionem o problema junto conosco”, afirmou. O encontro contou ainda contou com a presença dos presidentes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Jorge Guardiola, e do Sindicato dos Médicos, Reginaldo Abdalla.