O presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem, rebateu à coluna a declaração do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcelo Lelis, de que o desmatamento ilegal “não será tolerado no Tocantins”. “É hora de apertar o cerco contra a ilegalidade”, decretou o secretário. Para Milhomem, “à exceção de bem poucas, as áreas tidas como de reserva legal desmatadas em propriedades rurais do Tocantins foram devidamente autorizadas pelo governo do Tocantins”. “Principalmente no período de 2012 a 2015, com sua compensação em outra área adquirida pelo produtor”, afirmou.
AJUDE NA REESTRUTURAÇÃO DO NATURATINS
Ele disse que a entidade vai pedir a Lelis que “ajude na reestruturação do Naturatins, que, segundo o presidente do órgão, tem departamento para 45 técnicos que tem apenas 8”. “Outro departamento para 38 técnicos tem apenas 6, e a falta de estrutura para atender está contribuindo com a desinformação em geral, além do atendimento ineficiente”, apontou.
DECLARAÇÕES INFELIZES
Milhomem criticou a fala do secretário do Meio Ambiente: “Ademais, antes de repetidamente fazer declarações infelizes sobre a regularidade ambiental das propriedades rurais de nosso Estado, dando a entender que quer atender a outros interesses, precisa destinar recursos a estudos técnicos e científicos que possam embasar melhor essas afirmações”.
IMAGEM DO AGRONEGÓCIO É ATINGIDA
Para o presidente da Aproest, “a imagem do agronegócio tocantinense está sendo atingida por esse tipo de declaração do secretário”. “Por dar a entender que o produtor de nosso Estado não respeita o meio ambiente”, disse.
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REUNIÃO DE ÓRGÃOS AMBIENTAIS
A declaração de Lelis foi feita através da Secretaria Estadual da Comunicação após reunião com representantes dos órgãos ambientais do Estado, na manhã dessa quinta-feira, 1º, para traçar estratégias de ação conjuntas de combate ao desmatamento ilegal.