Da bancada federal tocantinense, apenas dois congressistas se manifestaram sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, os deputados federais Vicentinho Júnior (Progressistas) e Alexandre Guimarães (MDB) foram às redes sociais para criticar a medida. Por outro lado, chama a atenção o silêncio de Eli Borges (PL) e Filipe Martins (PL), bolsonaristas fervorosos, e do senador Eduardo Gomes (PL), que foi líder do governo do liberal no Congresso Nacional.
ATAQUE AO ESTADO DEMOCRÁCITO DE DIREITO E ABUSO DE AUTORIDADE
Vicentinho Júnior foi curto, mas duro contra a decisão de Alexandre de Moraes ao se manifestar sobre o caso. “Prisão domiciliar sem condenação? Isso nunca foi, ou será algo normal. Nada mais é do que um ataque direto ao Estado Democrático de Direito, abuso de autoridade jamais será aceitável em nosso País”, escreveu.
ALEXANDRE VESTE A CAMISA DE CENTRO, MAS CRITICA MORAES
Já Alexandre Guimarães vê um ato político na decisão de Alexandre de Moraes e se coloca com uma postura de centro. “Devemos observar com muita cautela ainda mais esta prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando tentamos nos distanciar desta polarização de direita e esquerda para discutir conteúdos que venham a contribuir com o crescimento e os avanços da diminuição das desigualdades sociais, volta e meia, pelas maiores autoridades do brasil, temos que discutir lados”, lamenta o emdebista.
MORAES UTILIZA DE INSTRUMENTO JURÍDICO PARA POLITIZAÇÃO
O parlamentar também ignora o descumprimento da determinação de não utilizar redes sociais, mesmo que por conta de terceiros, e afirma que a fundamentação de Alexandre de Moraes para a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro é “pelas razões de manifestação de opinião”. “Aí não é querer ser de direita, esquerda, usar verde e amarelo ou vermelho, nos assusta enquanto segurança jurídica, enquanto utilizar-se de instrumento jurídico para politização”, acrescentou Guimarães.
CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO
O emedebista também aproveita o episódio em que Alexandre de Moraes dá o dedo do meio durante o jogo de ida entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil para menosprezar a decisão. O ministro estava de folga. “Este mesmo julgador, uma semana antes, vai a um estádio de futebol lotado, faz gesto obsceno. Manifestação da expressão de liberdade dele, mas membro da Suprema Corte faz gesto obsceno a mais de 30 mil pessoas, e na outra semana se veste da moralidade e aplica pena restritiva de liberdade para alguém que também manifestou opinião. Seria cômico se não fosse trágico”, afirmou também.
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