Ponte Alta do Bom Jesus, no sudeste do Tocantins, ganha voz e imagem em uma produção inédita que entrelaça memória, cultura e pertencimento, o docudrama “Ponte Alta do Bom Jesus: sua gente, cultura e costumes”. Idealizado pelo professor Valeston Tavares e dirigido pelo cineasta Antônio Souza, o filme recria — com sensibilidade e respeito — episódios marcantes da história local, desde os tempos da antiga Fazenda Jacú até a consolidação da cidade como município emancipado.
DEPOIMENTOS DE MORADORES E DESCENDENTES DAS FAMÍLIAS
A obra convida o espectador a uma imersão afetiva nas raízes de um povo que fez da fé e da coletividade suas maiores forças. Por meio de dramatizações e depoimentos de moradores e descendentes das famílias pioneiras, o docudrama revela os alicerces invisíveis que sustentam a identidade pontealtense: o trabalho das mulheres como parteiras e benzedeiras, o saber ancestral da cerâmica artesanal, os festejos religiosos e a tradição do forró como expressão de alegria e resistência.

RESGATE DA IDENTIDADE DE UM POVO
A espiritualidade, representada na figura do padroeiro Bom Jesus dos Aflitos, atravessa a narrativa como fio condutor de uma trajetória marcada por fé e esperança. “Não é apenas um filme sobre o passado. É um resgate da identidade de um povo e um presente para as novas gerações”, afirma o diretor Antonio Souza.
PRIMEIROS DEPOIMENTOS
As gravações já começaram. Os primeiros depoimentos foram colhidos com moradores da região e servirão como base para o segundo tratamento do roteiro, aprofundando a linha narrativa e direcionando as cenas que serão dramatizadas nas próximas etapas. Cada fala colhida carrega não apenas lembranças, mas também emoções e vivências que alimentam a alma do projeto.
MAIS QUE UMA OBRA CINEMATOGRÁFICA
Com exibição prevista para o dia 14 de novembro de 2025, o projeto nasce como mais que uma obra cinematográfica: é também um gesto de preservação da memória, um instrumento de educação patrimonial e uma celebração da cultura popular. Voltado para moradores, estudantes, pesquisadores e amantes do cinema documental, o filme propõe um reencontro com as raízes que, mesmo soterradas pelo tempo, continuam pulsando sob os passos da cidade.
ENTRE OS CENÁRIOS RECONSTRUÍDOS
Entre os cenários reconstruídos, destaca-se a emblemática Fazenda Jacú, berço da comunidade e símbolo da persistência de sonhos que resistem à passagem das gerações. “Queremos que Ponte Alta se veja na tela, se emocione e se reconheça. Cada pedra, cada história contada é parte viva da memória dessa terra”, conclui o cineasta.
REDESCOBERTA DE UM SENTIMENTO
Mais do que contar uma história, o docudrama inspira a redescoberta de um sentimento: o orgulho de pertencer. Pertencer a um território onde cada gesto, cada memória e cada canto ressoam a resistência de um povo que nunca deixou de acreditar. Uma obra que não apenas registra o passado, mas convida à continuidade — para que a identidade cultural de Ponte Alta do Bom Jesus siga viva nas telas, nas falas e nos corações de quem a constrói todos os dias.