O prazo para prestação de contas parcial de campanha foi encerrado na quinta-feira, 13, e entre as declarações dos deputados federais candidatos à reeleição, o destaque ficou por conta da ex-primeira-dama Dulce Miranda (MDB), que apresentou uma arrecadação bem próxima ao limite estabelecido pela Justiça Eleitoral. Levantamento do CT junto ao Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand) indica ainda que os detentores de mandato são os responsáveis pelas maiores receitas para campanha, comparado até a outras candidaturas consideradas competitivas.
Líder no quesito, Dulce Miranda revelou já ter arrecadado R$ 2.302.800,00 na parcial, valor bem próximo do teto de R$ 2,5 milhões para campanhas à Câmara estabelecido pela Justiça Eleitoral [92,11% do limite]. Do total, 86,85% veio da direção nacional emedebista e outros 8,68% vieram do diretório estadual. Destaque para a doação de R$ 100 mil [4,34%] do senador Ataídes Oliveira (PSDB), que também tenta se reeleger este ano. Parcialmente, R$ 1.366.100,70 já foram contratados, mas só para outras campanhas foram R$ 665 mil do valor. A parlamentar já pagou R$ 1.350.400,70 dos gastos assumidos.
Para garantir a reeleição, o deputado federal Carlos Henrique Gaguim (DEM) angariou na primeira parcial R$ 681.560,00, com 93.90% do valor vindo do diretório nacional do Democratas. O parlamentar afirmou ter contratado e já pago R$ 295.009,65 em despesas. Do total de gastos, R$ 100 mil abasteceu outras campanhas, segundo indica dados do Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand).
O diretório nacional do Democratas também foi o responsável por todo o recurso angariado pela deputada federal Dorinha Seabra (DEM), R$ 1.200.500,00 no total. A candidata à reeleição já declarou ter gasto R$ 842.632,59 na parcial, R$ 450.326,17 pagos.
Vicentinho Júnior (PR) também busca se manter na Câmara Federal, e para isto recebeu R$ 1.062.000,00 para a campanha, segundo a prestação parcial de contas. A direção nacional do Partido da República é responsável por R$ 850 mil da quantia [80.04%], enquanto o pai, o senador Vicentinho Alves (PR), cedeu R$ 150 mil de sua própria campanha [14,12%] e outros R$ 24 mil do próprio bolso [2,26%]. Até então R$ 615.143,15 em despesas foram contratadas, R$ 588.735,15 pagas.
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Na luta para garantir a reeleição para um segundo mandato na Câmara, Josi Nunes (Pros) angariou R$ 1.088.726,85 na parcial, sendo R$ 460.574,85 [42,30%] vindos da direção nacional do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e surpreendentes R$ 400 mil [36,74%] do Partido dos Trabalhadores (PT). O CT acionou a assessoria da parlamentar, que explicou que o valor é resultado de uma negociação entre as cúpulas do Pros e do PT em Brasília. Nacionalmente, as siglas estão na coligação do presidenciável petista Fernando Haddad. Segundo o DivulgaCand, a candidata gastou R$1.071.962,84, R$ 40 mil deles indo para outras campanhas. R$576.562,84 estão quitados.
O deputado federal Lázaro Botelho (PP) arrecadou R$ 1.651.772,00, isto graças à direção nacional do Progressistas, que lhe transferiu 99.53% do valor. O restante chegou via diretório estadual do Solidariedade. O candidato à reeleição declarou ter contraído R$ 179.941,27 em despesas, tendo pago R$ 166.336,47 da quantia.
Outras candidaturas competitivas
Com R$ 452.500,00 arrecadados na parcial, o deputado estadual Osires Damaso (PSC) mira a Câmara Federal este ano. Do total, o parlamentar tirou do próprio bolso R$ 200 mil [44,20%], enquanto a direção nacional do Partido Social Cristão (PSC) foi responsável por R$ 250 mil [44,20%]. O político declarou já ter gasto R$ 331.119,25 e pago R$ 199.065,25 do montante.
Líder evangélico e detentor mandato de deputado estadual, Eli Borges (SD) busca a Câmara Federal neste ano. Parcialmente, o parlamentar declarou ter arrecadado R$ 900 mil, sendo que R$ 700 mil [77,78%] vieram da direção nacional do Solidariedade (SD) e os outros R$ 200 mil [22,22%] são oriundos da campanha de César Halum (PRB) ao Senado. O política já contraiu R$ 44.419,28 em despesas e pagou R$ 42.419,28 do valor.
Filho do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (sem partido), Tiago Dimas (SD) postula uma vaga na Câmara Federal. Para a disputa, o candidato arrecadou R$ 712.720,00 na parcial, R$ 700 mil só da direção nacional do Solidariedade. Parcialmente, R$ 433.536,81 em despesas foram contratados, R$ 281.354,45 deles já quitados.
Candidato a vice-governador de Carlos Amastha na eleição suplementar de junho, Célio Moura (PT) decidiu disputar uma vaga na Câmara no pleito de outubro. Na parcial, o petista declarou ter angariado R$ 395.083,75 para a campanha. A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) é o principal financiador, responsável por 91,75% do valor arrecadado. A campanha já assumiu R$ 100.779,56 em despesas, com R$ 27.500,00 do valor abastecendo outras candidaturas. Parcialmente R$ 88.679,56 foram quitados.
Um dos fortes candidatos do grupo de Carlos Amastha é o vereador palmense Tiago Andrino (PSB), que volta a tentar uma vaga na Câmara Federal. A prestação de contas mostra que o pessebista angariou R$ 503 mil na parcial, sendo 99,40% da quantia doado pela direção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O parlamentar declarou R$ 49.815,79 em despesas contratadas, pagando R$ 15.815,79 do total gasto.
O candidato a deputado federal Felipe Rocha (PSB) garantiu R$ 200 mil para a campanha até a declaração parcial de contas. O valor veio da direção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O pessebista já contraiu R$ 109.571,83 em despesas, quitando R$ 101.171,83 do montante.