Derrotado na Assembleia Legislativa ao ver o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do subteto do funcionalismo estadual, o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifiscal) enviou material à imprensa nesta semana para destacar a atuação em defesa do texto. A entidade reforçou todo o trabalho de articulação com o governador Mauro Carlesse (PHS) e deputados estaduais e fala em “compromissos atropelados”.
O Sindifiscal culpa o almoço entre governador e deputados pela “mudança de clima” em relação a PEC do Subteto. O sindicato afirma ter sido “visível” os sinais de que o texto seria rejeitado, citando uma “mudança de postura” da presidente da Assembleia Legislativa, Luana Ribeiro (PSDB), que teria cortado o diálogo com as classes sem dar satisfação, bem como a “mudança de opinião” de alguns deputados em relação à matéria.
A avaliação da entidade é que o cenário “tornou-se outro” após o almoço com o governador. O Sindifiscal citou o arquivamento da PEC dos Subteto como “a primeira derrota” dos servidores. “Fomos atropelados em todos os compromissos que obtivemos durante o tempo de luta que travamos”, observa o presidente do sindicato, João Paulo Coelho.
“Não recuaremos. A derrubada da PEC não encerrou nossa luta. Novas ações serão divulgadas em breve. O Estado precisa dar atenção aos problemas que atingem o servidor e o Parlamento não pode se furtar de discutir a defasagem da Constituição. Essa é uma causa que promove justiça para com os servidores e nos coloca em pé de igualdade com os outros 24 estados que já implementaram o subteto único”, acrescentou.
João Paulo Coelho projeta uma nova pauta para entidades e indica que todas já buscam reconstruir estratégias de diálogo com o Executivo. Há reclamações de médicos plantões que exigem mais do que podem receber, carreiras organizadas em hierarquia com salário balizado entre as patentes, servidores que não assumem cargos de chefia pois são impedidos de desfrutar da remuneração que equivale à complexidade do trabalho e o não recebimento de direitos básicos como datas-bases e progressões, elenca o Sindifiscal.