Quando os primeiros computadores surgiram, e diga-se de passagem eram maiores que uma geladeira, imaginava-se que a tecnologia iria transformar a vida das pessoas, que sobraria mais tempo para o lazer, para o descanso e para os relacionamentos. O sonho era uma vida mais leve, menos atribulada, com mais qualidade. Porém quanto mais rapidamente a informação se processa e na mesma proporção em que o mundo se globaliza, maior o grau de exigência, da competição e do estresse que hoje provoca tantas doenças e infelicidade.
A humanidade está adoecendo de tanto pensar, de tentar acompanhar as enormes transformações que o rápido avanço tecnológico impõe. A insatisfação permanente, a ansiedade em estar preparado para as novas exigências e a competição desenfreada, vem fazendo com que a serenidade e o prazer estejam cada vez mais difíceis de atingir. Se vive em função do futuro, sem perceber e usufruir a força do agora.
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O que garante que estaremos aqui, no próximo ano? No próximo mês? Amanhã? No próximo minuto? O que pode acontecer se deixarmos o prazer e a felicidade para depois? O que fazer?
Vi uma palestra da Michelle Schneider do Instagram, em que ela fala da roda viva e do estresse na qual a sociedade está mergulhada. Da preocupação com as mudanças alucinantes que a tecnologia vêm impondo e das rápidas transformações que estão ocorrendo. O futuro das profissões e do mercado de trabalho é totalmente imprevisível. Estima-se que 65% dos jovens que estão no ensino médio ocuparão atividades que ainda não existem. Cada vez mais a máquina vem fazendo o que antes necessitava da força humana e o desemprego causado pela automação poderá atingir drasticamente o trabalhador, principalmente os com menor qualificação.
Como se preparar para um mundo que não se sabe nem como vai ser? Com certeza não será desenvolvendo atividades técnicas, até porque já se está criando a inteligência cognitiva artificial, capaz de resolver problemas. Porém, a capacidade de sentir é inerente ao seres vivos. Expandir a consciência, a sensibilidade, é o grande desafio e o diferencial. O foco é desenvolver as habilidades comportamentais, Saber o como pensar e não o que pensar.
É necessário conter a síndrome do pensamento acelerado, como preconiza Augusto Cury, a ansiedade e o adoecimento coletivo. Utilizar a nossa energia vital e criadora concentrada no agora, sem remoer o passado e sem tentar prever o futuro. Se livrar das suposições que acarreta dificuldade no gerenciamento das tensões, irritabilidade e instabilidade emocional.
O hábito de nos voltarmos para o nosso interior, o exercício da humildade, o reconhecimento das nossas limitações e a vontade de superá-las em direção do bem, permitem que tenhamos mais consciência de nós mesmos, das reais necessidades e dos valores fundamentais.
A felicidade está em ser e não em ter.
Fazer o que gosta, o que dá prazer, gerenciar os pensamentos e emoções, se ligar à natureza, perceber e escolher o que é mais leve, é um bom caminho. Porém é o amor incondicional, a unidade na diversidade e a evolução emocional e espiritual, os segredos para o sucesso e para a felicidade.
NILMAR GAVINO RUIZ
É professora, ex-secretária da educação, ex-prefeita de Palmas e ex-deputada federal. É co-autora da ARH – Auto Reprogramação Humana – e palestrante.
nilruiz@uol.com.br
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