Parece que existe uma “guerra de Diários Oficiais” em curso. Depois da estranha recomendação do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), nessa segunda-feira, 19, para atingir o conselheiro do TCE Alberto Sevilha, nesta terça, 20, foi a vez do governo do Tocantins. O Diário Oficial do Estado publicado nesta noite traz a revogação de portarias que mantinham oficiais da Polícia Militar (PM) cedidos à Prefeitura de Palmas.
Em quatro portarias assinadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres, o Estado revogou a cessão de seis militares: Albério Batista de Oliveira, Cleyton Alen Rego Costa, João Paulo Procópio Vieira Silva, Gleydson Ranyere Alves Barbosa, Rodrigo Whestphan Barbosa de Jesus e Claudemir Portugal Soares.
A revogação ocorre cerca de três semanas após o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), ter criticado em Araguaína o excesso de policiais, principalmente os militares, deslocados para atender políticos ou instituições públicas no Tocantins. “Policial é para cuidar da população e não de político”, defendeu.
Em reunião com entidades de segurança, Amastha garantiu que, se eleito governador, abrirá mão de equipe de segurança. “O dia que eu, como gestor, precisar andar com dez seguranças é porque estou reconhecendo que sou incompetente para cuidar da segurança do povo”, avisou.
No entanto, o blog mostrou no dia 29 de janeiro que o prefeito tinha, sim, militares em seu staff. Em resposta, ele publicou um vídeo em que admitia que tinha quatro militares PMs. Mas, amenizou, estariam a serviço da população e não dele.
Na verdade, agora a publicação das revogações revela que o município tem sete PMs à disposição. Além dos seis que voltarão ao Estado, há ainda o secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, major Leonardo Coelho, que é bombeiro militar. Dos devolvidos ao governo, Ranyere, por exemplo, atua como motorista do prefeito.
- Matéria atualizada às 6h41 de 21.2.18