Em vídeo distribuído às redes sociais, o presidente do Sindicato dos Delegados do Estado (Sindepol), Mozart Félix, criticou a votação “às pressas” dos projetos sobre a Polícia Civil pela Assembleia Legislativa, após pedido feito pelo governador Mauro Carlesse (PHS), durante reunião pela manhã com os deputados. “Vai ficar uma polícia de cabresto, é isso que querem”, afirma Félix no vídeo, irritado.
Ele lembrou que a votação ocorre um dia após o protesto da categoria, realizado nessa terça-feira, 26. Segundo o sindicalista, um novo relator para as matérias da PC, cujo nome ele não cita. “O relator já conversou conosco… Duas palavras só… Só avisou que vai aprovar conforme o governo mandou”, disse Félix no vídeo.
“E nós teremos aprovação hoje [quarta] de um projeto de lei que visa acabar com a Polícia Civil do Tocantins, do jeito que o governador do Estado mandou”, reagiu.
Félix contou que o sindicato teve uma conversa nessa terça-feira com a cúpula da Segurança Pública. “Depois da conversa, eles vão maquiar. Vão alterar um ou outro ponto maléfico. Vão dizer que nos ouviram e que tiveram essa conversa conosco e, por isso, estavam alterando, só que não vai adiantar nada. É maquiagem e vão acabar com a Polícia Civil do Tocantins”, criticou.
Entenda
Em conversa com o governador na manhã desta quarta-feira, ficou decidido que os deputados vão aprovar em reunião conjunta das comissões todas matérias relacionadas à Polícia Civil, inclusive o polêmico Manual de Procedimentos da Polícia Judiciária, da forma como foi enviado pelo Executivo. “O clima não é bom no governo e na Assembleia em relação à Polícia Civil”, afirmou um parlamentar que participou da reunião, mas que preferiu não se identificar.
Conforme essa fonte, o deputado estadual Amélio Cayres (SD) se emocionou ao falar do irmão que foi preso por engano e solto em seguida numa operação que tinha servidores do Naturatins como alvo semana passada.
Assista o vídeo: