Em manifestação pública divulgada na sexta-feira, 21, o Fórum Permanente de Combate à Corrupção no Tocantins (Focco) demonstrou preocupação com a criação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). No documento, o Focco também diz temer a extinção da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) e pede que governo pondere qualquer nova mudança no organograma da Polícia Civil.
Formado por órgãos como Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF), Tribunal de Contas do Tocantins (TCE) e da União (TCU), Controladoria (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU), Polícia Federal (PF) e Receita, o fórum lamenta que a criação da Dracco e, principalmente, sua vinculação a um diretor de livre nomeação e exoneração. Para o Focco, a criação da estrutura não é necessária porque o serviço de combate à corrupção já vinha sendo feito pela Dracma.
“Diante desse contexto, tem-se veiculado inclusive na imprensa que a criação da Dracco inaugura ambiente propício para a extinção da Dracma e ampliará as possibilidades de interferências”, anota o fórum no documento.
Com isto, o Focco pede ao governador Mauro Carlesse (DEM) e ao titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Cristiano Sampaio, que “realizem ponderada reflexão acerca de qualquer alteração no organograma da Polícia Civil em relação aos órgãos de repressão aos crimes contra a administração pública e afins”. “De modo a se evitar quaisquer prejuízos ao efetivo combate à corrupção do Tocantins”, acrescenta.
O grupo pede que esta ponderação seja feita por meio de audiência públicas com participação da sociedade civil, os próprios delegados e com membros do Focco. O fórum finaliza enaltecendo a atuação da Dracma. “Está realizando sério e firme trabalho de enfrentamento à chaga social que contamina as estruturas públicas do Tocantins há anos, e, assim é fundamental que seja mantida, e se possível ampliada”, encerra.
O secretário de Segurança, Cristiano Sampaio, disse ao quadro “Entrevista a Distância” que, com a criação da Dracco, o Estado passar a ter um órgão de articulação para enfrentar de maneira sistêmica o crime organizado. Assista: